Jorge Bichuetti
Não havia percebido;
sabia, sim, do luar e das flores...
Porém, não notara meus pés
numa nuvem... no azul... entre estrelas...
Agora, sei vivo aqui e acolá...
No chão, minhas lágrimas e mundo
com suas mazelas e feridas, pústulas da insensatez...
No céu, meus sonhos... ciranda de deuses e meninos,
um caminho de alegria, onde a vida semeia um novo chão
florido na ternura e na amizade... na vida de compaixão... MEU CREDO INDIGNADO
Jorge Bichuetti
Eu creio... nos meninos-passarinhos
que não tendo teto e carinho, encontram
na Cracolândia... u'a singela manjedoura,
entre Marias e Josés... na solidão do deserto,
que insurgente pulsa no coração da cidade...
Eu... não creio nos fuzis de Herodes...
Não, eu não creio na força bruta, torpeza rude,
que aniquilam os sonhos dos pequenos Cristinhos,
sonhadores, andarilhos... que buscam a Estrela D'alva
entre o lixo da metrópole e as ilusões das flores murchas...
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