A ROSA E O MINOTAURO
Paulo Cecílio
por um dia pousei uma rosa azul e meu bicho tremeu:
olhando-me nos olhos afastou-se de mim
e deixou-me apenas humano por um momento
pousado naquele caule ao vento
e esqueci que sou maldito
detiveram-se os ponteiros do relógios
tudo que havia era aquele perfume eterno
percebi que chegava a noite
apenas porque me saciei do teu orvalho.
pensam-me triste:
mas como, se rocei uma deusa
no aconchego do teu colo em flor?
quando voltou o lume vermelho
nos olhos do minotauro a me buscar,
não me importei:
havia silencio em minh'alma.
e calariam os malditos do mundo,
se por um segundo roubassem o mel da rosa que roubei...
por um dia pousei uma rosa azul e meu bicho tremeu:
olhando-me nos olhos afastou-se de mim
e deixou-me apenas humano por um momento
pousado naquele caule ao vento
e esqueci que sou maldito
detiveram-se os ponteiros do relógios
tudo que havia era aquele perfume eterno
percebi que chegava a noite
apenas porque me saciei do teu orvalho.
pensam-me triste:
mas como, se rocei uma deusa
no aconchego do teu colo em flor?
quando voltou o lume vermelho
nos olhos do minotauro a me buscar,
não me importei:
havia silencio em minh'alma.
e calariam os malditos do mundo,
se por um segundo roubassem o mel da rosa que roubei...
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