Jorge Bichuetti
Filho de pescador e mãe rezadeira, nasci, assim,
um menino nas águas do rio... vela acesa, canto,
um voo no céu azul, inundando de chuva e estrelas,
cada lágrima vertida... cada sonho tecido... cada minuto vivido...
Não sei se sou... o certo na curva do rio se perdendo à deriva;
ou se sou o erro redimido na flor que nasce vermelha na magia
das palavras que minha pele desenha como se a vida fose tão-só
os versos enluarados de uma singela e rude poesia... assim, eu
caminho... nunca sabendo se sou filho ou pai da Lua que inceideia
meus desejos de ir errante numa frenêtica sede de na aurora amar...
Jorge Bichuetti
Vivo nas entrelinhas do acaso...
Sonho as entrelinhas da vida...
Assim, nunca perco a magia
de das lágrimas caídas tecer
um novo caminho na mística
da minha profana e louca mania
de ver no tudo e no nada, versos
com que me refaço, parindo-me numa poesia...
2 comentários:
"ENTRELINHAS DO ACASO": BELÍSSIMO.
Paulo, meu carinho e gratidão; na sua poesia encontramos força para a arte de poetizar o caminho; abs, jorge
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