Não sabia o valor da palavra e do silêncio... Vivia entre verdades... Se escrevia sobre a potência da lentidão e da enfermidade, o fazia como um pensador que domina palavras e tece frases, orações... Agora, lentificado, busca a potência... e a descubro na beleza de reconhecer no próprio desconhecer... o que ativa para revitalizar meu corpo para caminhar, lutar e sonhar...
Certezas e verdades nos preenchem tanto que não nos permitimos o desconhecimento que se ergue para a alegria das novas descobertas, para o ainda não-pensável...
A educação, quase sempre, é uma relação de poder entre um saber e um não-saber... Assim, se reproduz a permanência da mesmice...
O novo é parido no diálogo, escuta e criatividade...
Há um saber que nasce no silêncio... onde cantam as vozes das coisas e do próprio infinito...
Há caminhos que são tecidos na magia da ternura e no aconchego do carinho...
O devir é nossos eus não-paridos...
Não acessamos nossos devires na apatia, na acomodação e no fatalismo...
Tudo acontece no movimento... caminho permeado de sonhos... lutas energizadas na esperança ativa...
Mais do que sobreviver é necessário se reinventar...
Vivemos num mundo onde o mercado e fetichismo da mercadoria nos afastam das insurgências rebeldes...
A aurora é busca guerreira; arte de passarinhar o novo radical...
Não basta viver... viver é pouco... urge afirmar a vida como processo inventivo e includente...
Reagir é aprisionar-se às encomendas do mundo dado na hegemonia do status quo...
É necessário agir, afirmativamente...
Que fazer?...
Sair da lamúria das lágrimas pessoais e agir no caminho da ética do Bem Comum um novo mundo de ternura e compaixão, amor e solidariedade, paz e partilha...
O resto é borrões de ilusão... morte civil...
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