quarta-feira, 10 de agosto de 2011

BONS ENCONTROS: A LUZ NA ESCURIDÃO....

        O universo é uma imensa escuridão 
                                       Leonardo Boff
   
 Quando lemos grandes cosmólogos e astrofísicos como Stephan Hawking, S. Weinberg, M. Rees e B. Swimme entre outros constatamos que estão sempre às voltas com três grandes questões: quais eram as condições iniciais do universo que permitiram que ele chegasse até aqui? Há vida em outros planetas? É possível uma "Teoria do Tudo" que explique numa fórmula simples tudo o que existe e assim captar a mente de Deus? Nestes campos até agora pouco se tem avançado. Num ponto porém chegou-se a conclusões que para uma visão global e filosófica das coisas possui grande relevância: quais seriam as condições iniciais que deram origem ao universo? Um conselho: evite de fazer aos cientistas a seguinte pergunta para não vê-los irritados: quem colocou aquele pontozinho infinitamente pequeno e quem o fez explodir? É que eles se dão conta dos limites de seu  saber científico, o que de certa forma os convida a calar.    
    A famosa sonda WMAP ( Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) lançada em 2001 e que escaneou todo o universo visível permitiu a seguinte constatação: apenas 4% do universo  é visivel e por isso cognoscível. 96% é de uma escuridão de breu e invisível. Destes 96%, 23% é matéria escura cuja gravidade teria a função de impedir que as galáxias escapem uma das outras e 73% é de energia escura que aceleraria a expansão do universo. Sabe-se ainda que nos primeiríssimos momentos após a grande explosão ocorreu um choque formidável de matéria e anti-matéria. Elas quase se aniquilaram restando apenas uma pequeníssima sobra de prótons na ordem de 1,000.000.001 da qual se originou o atual universo. Originalmente havia  75% de hidrigênio e 25% de hélio; o resto se formou dentro das grandes estrelas vermelhas. O astrofísico Steven Weinberg calculou o que teria ocorrido nos três primeiro minutos (seu livro Os três primeiros minutos, a origem do universo ) e suas consequências até os dias atuais. Ai afirma ele: "Se fosse rala demais, a massa ter-se-ia expandido excessivamente e não haveria condensação suficiente para formar as estrelas e assim permitir a vida. Se  fosse densa demais, o universo se retrairia em sucessivas explosões  e os corpos não poderiam surgir".
    Se as energias nucleares fossem fracas demais, não teriam ocasionado a formação dos elementos pesados como o carbono, o oxigênio e outros, necessários para a formação da vida. O universo seria composto apenas de hidrogênio.
    Se estas energias fossem fortes demais haveria apenas átomos pesados e nenhum hidrogênio a alimentar as estrelas.
    Se a força gravitacional fosse um pouco mais forte, as estrelas teriam consumido rapidamente sua energia nuclear interna, teriam tido uma vida mais curta, não teriam formado dentro delas os elementos pesados e a vida seria impossível.
    Que concluimos destas constatações? Que o universo combinou refinadissimamente todos estes fatores para que pudesse surgir vida e seres inteligentes. Caso contráriio não estaríamos aqui para falar disso tudo. Por mais que muitos cientistas se considerem agnósticos e queiram evitar alguma teleologia (algum fim, algum propósito) não podem escapar desta logica das coisas. O universo instintivamente pareceria intuir que iríamos surgir e nos preparou as condições e nos deu este esplendoroso berço que é a Terra.
    Mesmo sem introduzir logo Deus, como não se maravilhar e se encher  de gratidão por esse sutil caminho andado?


2 comentários:

Psicóloga disse...

é tudo muito perfeito nessa imensidão e também cheia de mistérios...

Os cientistas ainda irão descobrir muiiiiitooooo, terão explicação pra muitas coisas, mas sempre haverá aquele ponto que não há como descobrir nada antes, ou seja, que seja anterior aquilo que postulam.

Nesse momento chegará a hora de admitirem a presença da inteligência suprema, aquela que "ascendeu a faisca" pra digamos tudo acontecer!!!

http://olhardepsicologa.blogspot.com/

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Querida amiga, sim... um infinito que nos pede a ousadia de sonhar ppara se viver na intensidade da imensidão. Abs ternos. jorge