quinta-feira, 29 de setembro de 2011

GREENPEACE - MANIFESTAÇÃO PELAS FLORESTAS

Sem miséria, mas com floresta

Notícia - 28 - set - 2011
Com uma faixa e uma muda de Açaí, ativistas do Greenpeace mandam recado para Dilma Rousseff durante lançamento de programa contra a pobreza, em Manaus.

 
   
O palco estava armado: com a presença de governadores do Norte, a presidente Dilma Rousseff chegou a Manaus para lançar seu programa de combate à pobreza, o Brasil Sem Miséria. O Greenpeace foi atrás e, diante do Teatro Amazonas, cartão postal da cidade e palco da reunião de Dilma com os governadores, ativistas abriram uma faixa: “Dilma, Brasil sem miséria é Brasil com floresta”. Ao passar por eles, Dilma fez um aceno. Captou a mensagem. Eles também tentaram entregar uma muda de Açaí com a mensagem: “Presidenta Dilma, Vou ficar muito bem no jardim do Alvorada. A senhora sabe que sou importante para as populações da Amazônia. Cuide de mim, pois ando preocupado com esse novo Código Florestal. Cordial abraço, Açaí”.
A ação aconteceu num contexto em que as taxas de desmatamento na Amazônia voltaram a subir e que o Congresso discute um projeto de lei que pode derrubar o Código Florestal – uma lei com mais de 70 anos de tradição. Tudo isso a menos de um ano para o Brasil sediar a Rio + 20, o mais importante evento climático do mundo.

  “O projeto do novo Código foi aprovado na Câmara debaixo de inúmeras críticas da ciência, da agricultura familiar e da sociedade civil. Agora, no Senado, a história está se repetindo e o governo continua omisso”, diz Rafael Cruz, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “A presidente Dilma precisa desligar a motosserra no Congresso, pois para eliminar a pobreza precisamos manter de pé nossas florestas, que são a maior riqueza do país, que abriga uma parcela importante da população pobre do Brasil e que impulsiona nossa agricultura.”.
Após consecutivos anos de queda, os índices de desmatamento voltaram a subir no primeiro ano de gestão de Dilma. Em 2009, durante a Conferência do Clima em Copenhague (Cop-15), ela própria, então como ministra da Casa Civil, prometeu mundialmente que o Brasil reduziria suas emissões de CO2, que vêm predominantemente das derrubadas.
“O modelo de produção brasileiro ainda é predatório. Enquanto as outras nações recuperam suas florestas para poder continuar produzindo, estamos acabando com as nossas”, observa Cruz. “E isso não significa riqueza: mesmo com quase 18% de suas matas derrubadas, a Amazônia ainda permanece com baixíssimos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), especialmente em municípios onde a destruição florestal ocorre mais fortemente."

FONTE: http://www.greenpeace.org/brasil/ReSizes/Small/Global/brasil/image/2011/setembro/Rodrigo_Baleia_28-09-11_213.jpg

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