Jorge Bichuetti
Não se nega que o número e a gravidade dos transtornos mentais vem aumentando, e se expandindo num carácter epidémico... Não sendo o sofrimento mental um processo que se espalha por contágio, fica a pergunta: o que ocorre no nosso modo de viver que vem nos tornando tão vulneráveis?... ou ainda, que socius é este que nos agride mais e com maior virulência e nos propicia um considerável diminuição dos fatores de produção de vida, potente e alegre, que nos fortaleceria ante as dificuldades do caminho?...
Por que sofremos?... Por que sofremos, cristalizando sintomas e funcionamentos que nos limitam e nos inibem na nossa capacidade de viver?...
Estas questões não são tão simples como nos parece simples a explicação do aumento de dengue e de problemas de pele e respiratórios: água estagnada, desequilíbrio ecológico e poluição...A natureza se faz mais visível do que as entranhas do nosso modo de viver e existir...
Começamos refletindo sobre algo bem evidente: se o individualismo é maior e se as redes de sociabilidade solidárias e generosas se encontram fragilizadas ou diluídas, o homem carrega o calvário do existir, com seus desenganos e desilusões, problemas e limites, tendo que contar e manusear diretamente seu modo de vida.
Daí, tentaremos ver e analisar as fragilidades, inibições, bloqueios e vulnerabilidades próprias do nosso modo de vida hegemónico.
Vulnerabilidade 1. Somos egóicos. Centramos nossa vida na identidade de um ego, subjetivado na triangulação edípica e se constituindo como autoreprodutor, identidade fixa e rígida, num funcionamento movido pela falta e de negação das potências...
Vulnerabilidade 2. Somos nossos papéis. Cristalizamos nosso modo de ser nos papéis que introjetamos e nos que nos são depositados pelas projeções do outro e do mundo... Assim, vivemos com uma pauta de conduta e com referências conceituais restritas e restritivas...
Vulnerabilidade 3. Somos racionais. A racionalidade técnico-instrumental domina o universo da vida mental e social, impondo um existir que gira nos redemoinhos do racionalismo, do pragmatismo, da sensorialidade e do imediatismo... Nos coíbe e nos inibe as potências da arte, do sonho, da magia, do místico, da intuição e das percepções micro; nos formatando num modo de vida de soberania da lucidez se obriedade racional e mercantil, com alienação da subjetividade móvel e intensiva dos projetos irracionais( surreais )...
Vulnerabilidade 4. Somos geridos pela lógica da culpa e do ressentimento. De forma, que vivenciamos a vida como um campo narcísico e onipotente de valores morais punitivos e condenatórios...
Vulnerabilidade 5. Somos a maturidade. e uma maturidade , cinzenta e árida, dada pelo rigidez e coerência, que nos subtrai do mundo de potência do brincar, do sonhar, e do amar...
Vulnerabilidade 6. Somos conservadores. Condicionados à evitação do novo; e, deste modo, nos repetimos, longe da diferença que excluída e mortificada, e alheios às experimentações que nos permitiria um acercamento dos territórios do devir... Institucionalizado e interlocutores do instituído, tendemos a funcionar nos abrigando nos pólos paranóicos e depressivos...
Vulnerabilidade 7. Somos mercantis, acumuladores... Norteamos nosso modo de existir ouvindo o mercado e nunca escutando nossos desejos e sonhos... Nem a potência da cumplicidade, da partilha e da solidariedade..
Vulnerabilidade 8. Somos servis e submissos. Corpos domesticados, com a exclusão do devir guerreiro, do devir animal e do devir insurgente... Desaprendemos a arte de guerrear...
Vulnerabilidade 9. Somos na vitória, e negamos o humano demasiado humano das nossas fragilidades, limitações e, assim, nos sentimos fracassados, a própria desvalia e a impotência nas debilidades do humano e nas inevitáveis quedas , perdas e derrotas...
Vulnerabilidade 10. Somos o desamor...Um corpo que fálico, que evita a ternura, a suavidade, a compaixão, o cuidado mútuo e o próprio amor...
Somos vulneráveis... Todavia, esta vulnerabilidade é social, geográfica e histórica...
Há um mundo de potência e saúde, alegria, serenidade e paz.. Na experimentação, nos bons encontros e nas paixões alegres, na impermanência e na flexibilização, no ser metamorfoseante; na vida da arte e na arte de brincar, sonhar e amar...
Há potência e vida na vida que se assume um perambular errante, cheia de sonhos, mas com a possibilidade da queda, da crise e do humano - humano, não o humano robotizado nos fibras indomáveis dos atos repetitivos...
Há vida... Exploremos nossas potências, nossa singularidade e nossa multiplicidade, sejamos uma lágrima e um riso, uma paixão e uma poesia, voos e quedas... porém, sejamos no caminho. Estradeando, encontramos a vida e a vida por se mesmo se plenifica...
quinta-feira, 31 de março de 2011
DIÁRIO DE BORDO: UMA VELA NA ESCURIDÃO...
Jorge Bichuetti
Dia claro, céu azul... Na alma e no coração, uma sensação de alegria... Foi triste a caminhada, porém, valeu sonhar, lutar, ousar crer na luz de um novo dia.
A Lua não compreende seu pai: cheio de canções... recordações... Uma vida e uma história: amigos, sonhos, batalhas... Uma longa caminhada: nela, a descoberta do valor de uma vela na escuridão...
Penso nos tempos difíceis da ditadura militar, mas, também, penso na nossa vida cotidiana.
todos nós vivemos dias de densas e espessas nuvens que nos coloca imersos numa profunda escuridão...
O sol voltará... todavia, enquanto esperamos a sua volta, acendamos uma vela...
... Uma vela na escuridão.
Todos nós possuímos velas no arquivo da nossa vida.
Um livro, uma canção, um diálogo, uma oração...
Um minuto de contemplação da beleza da natureza... Um segundo de silêncio...
Um pensamento, uma imagem...
Temos nossas velas: aquilo que nos suaviza as agruras da angústia, o que nos faz menos tristes nas horas do pranto copioso e ferido, algo que nos reergue do chão, inspirando-nos fé e esperança, novamente...
Velas acesas na escuridão...
Um pequeno clarão, porém, embora dimunto, suficiente para que enxerguemos a estrada e caminhemos. Caminhando no próprio caminho, descobriremos e inventaremos o necessário: saídas, inovações, superações, novas flores e novos luares...
Quando olhamos para trás, quantos problemas e dificuldades nos pareciam eternos e insolúveis?... No entanto, pouco a pouco, com paciência, tolerância, persistência, resistência e luta fomos dando solução e inventando saídas, descobrimos novos sonhos e nos permitimos crescer e nos fortalecer num devir guerreiro que nos deu ousadia e valentia, firmeza e determinação, tornando o que era impossível um problema e uma pedra do passado, pois, alçamos voo e alcançamos o porvir: um novo dia, de claridade, cheio do azul da paz e do verde da esperança...
Não se supera um momento de lágrima e dor, parado, estagnado, cristalizado na fragilidade, na queda, na ferida... Caminhando já não mais só feridas... Somos feridas e cicatrizes... Uma argamassa que nos revela a nossa vulnerabilidade singular da nossa própria humanidade; contudo, igualmente, nos mostra nossa capacidade de refazimento e de reinvenção da vida e dos caminhos, dos horizontes e dos sonhos...
Resistimos... Reinventamos a vida e mundo... Sobrevivemos... Aspiramos o ar remoçada de uma nova aurora...
Porém, só aí chegamos, se na escuridão acendemos uma vela...
Dia claro, céu azul... Na alma e no coração, uma sensação de alegria... Foi triste a caminhada, porém, valeu sonhar, lutar, ousar crer na luz de um novo dia.
A Lua não compreende seu pai: cheio de canções... recordações... Uma vida e uma história: amigos, sonhos, batalhas... Uma longa caminhada: nela, a descoberta do valor de uma vela na escuridão...
Penso nos tempos difíceis da ditadura militar, mas, também, penso na nossa vida cotidiana.
todos nós vivemos dias de densas e espessas nuvens que nos coloca imersos numa profunda escuridão...
O sol voltará... todavia, enquanto esperamos a sua volta, acendamos uma vela...
... Uma vela na escuridão.
Todos nós possuímos velas no arquivo da nossa vida.
Um livro, uma canção, um diálogo, uma oração...
Um minuto de contemplação da beleza da natureza... Um segundo de silêncio...
Um pensamento, uma imagem...
Temos nossas velas: aquilo que nos suaviza as agruras da angústia, o que nos faz menos tristes nas horas do pranto copioso e ferido, algo que nos reergue do chão, inspirando-nos fé e esperança, novamente...
Velas acesas na escuridão...
Um pequeno clarão, porém, embora dimunto, suficiente para que enxerguemos a estrada e caminhemos. Caminhando no próprio caminho, descobriremos e inventaremos o necessário: saídas, inovações, superações, novas flores e novos luares...
Quando olhamos para trás, quantos problemas e dificuldades nos pareciam eternos e insolúveis?... No entanto, pouco a pouco, com paciência, tolerância, persistência, resistência e luta fomos dando solução e inventando saídas, descobrimos novos sonhos e nos permitimos crescer e nos fortalecer num devir guerreiro que nos deu ousadia e valentia, firmeza e determinação, tornando o que era impossível um problema e uma pedra do passado, pois, alçamos voo e alcançamos o porvir: um novo dia, de claridade, cheio do azul da paz e do verde da esperança...
Não se supera um momento de lágrima e dor, parado, estagnado, cristalizado na fragilidade, na queda, na ferida... Caminhando já não mais só feridas... Somos feridas e cicatrizes... Uma argamassa que nos revela a nossa vulnerabilidade singular da nossa própria humanidade; contudo, igualmente, nos mostra nossa capacidade de refazimento e de reinvenção da vida e dos caminhos, dos horizontes e dos sonhos...
Resistimos... Reinventamos a vida e mundo... Sobrevivemos... Aspiramos o ar remoçada de uma nova aurora...
Porém, só aí chegamos, se na escuridão acendemos uma vela...
NOSSO CANTO NA HISTÓRIA: RESISTÊNCIA, LUTA E UTOPIA...
Um fuzil
Jorge Bichuetti
havia um fuzil na rua,
uma nuvem turvando
a lua...
havia um corpo nu,
sangrando a noite
crua
e cruel, nos exigia
silêncio,
para que se ouvisse,
tão-somente,
o estalido
do fuzil...
Não fomos à Lua,
nem pudemos ser
as flores da rua...
semente sonhos
renascemos;
e, de euforia,
cantamos...
Liberdade, liberdade:
tortura nunca mais...
Liberdade, liberdade:
na jardim da democracia,
justiça e verdade,
as flores hão de voar...
Sobrevivemos. O povo se encantoue na luta abriu as portas de um novo tempo.
Chegamos, aqui... com uma lição de vida: não se sobrive se não conseguimos com a arte acender uma vela na escuridão... Lição... da história... para todos. Na política e nas dores da vida, só sobrevivemose devimos fênix, cantando...
na dor da repressão, com o silêncio imposto, choramos nossos mortos, etorturados, desaparecidose exililados; e choramos nossa falta de liberdade, com a arte de um sabiá...
choramos...
lutamos, resistimos, enluarados na utopia...
derrotados.
persistimos... numa lágrima, se cantava a vida que era morte vivida...
por nossos filhos,
com nossos filhos, ressuscitamos a esperança... Anistia, direitos humanos, pão... terra... liberdade...
cantamos nossos sonhos, nossas lutas...
Com fé,
voltamos pra rua, nos reorganizamos e conseguimos a democracia, cantando:
e já com alegria, vimos o jardim
cantar suas flores e o alvorecer...
assim, hoje, 47 anos depois...
saldemos, celebremos a luta e a resitência...
exijamos direitos humanos, o direito à diferença...
reinvindiquemos a aprovação imediata da Comissão da Verdade... Saibamos cultivar o sol da liberdade...
Jorge Bichuetti
havia um fuzil na rua,
uma nuvem turvando
a lua...
havia um corpo nu,
sangrando a noite
crua
e cruel, nos exigia
silêncio,
para que se ouvisse,
tão-somente,
o estalido
do fuzil...
Não fomos à Lua,
nem pudemos ser
as flores da rua...
semente sonhos
renascemos;
e, de euforia,
cantamos...
Liberdade, liberdade:
tortura nunca mais...
Liberdade, liberdade:
na jardim da democracia,
justiça e verdade,
as flores hão de voar...
Sobrevivemos. O povo se encantoue na luta abriu as portas de um novo tempo.
Chegamos, aqui... com uma lição de vida: não se sobrive se não conseguimos com a arte acender uma vela na escuridão... Lição... da história... para todos. Na política e nas dores da vida, só sobrevivemose devimos fênix, cantando...
na dor da repressão, com o silêncio imposto, choramos nossos mortos, etorturados, desaparecidose exililados; e choramos nossa falta de liberdade, com a arte de um sabiá...
choramos...
lutamos, resistimos, enluarados na utopia...
derrotados.
persistimos... numa lágrima, se cantava a vida que era morte vivida...
por nossos filhos,
com nossos filhos, ressuscitamos a esperança... Anistia, direitos humanos, pão... terra... liberdade...
cantamos nossos sonhos, nossas lutas...
Com fé,
voltamos pra rua, nos reorganizamos e conseguimos a democracia, cantando:
e já com alegria, vimos o jardim
cantar suas flores e o alvorecer...
assim, hoje, 47 anos depois...
saldemos, celebremos a luta e a resitência...
exijamos direitos humanos, o direito à diferença...
reinvindiquemos a aprovação imediata da Comissão da Verdade... Saibamos cultivar o sol da liberdade...
direitos humanos, sim; tortura nunca mais...
BONS ENCONTROS: NA LIBERDADE, VISÕES E MIRAGENS...
SOBRE O POVO BRASILEIRO:
"Dificilmente você verá um povo mais sofrido _ que vive numa situação tão de miséria, tão de opressão _ do que o nosso. Existe, por exemplo, a Índia. Eu conheço a Índia. A situação é semelhante, mas, qual é a diferença? É que o povo brasileiro não está vencido. O povo de lá não tem nenhuma esperança; e ele está lá esmagado dentro daquela coisa religiosa, tremenda, o fanatismo, que é tudo voltado para a morte... e aqui o nosso povo? O nosso povo está voltado para a vida" JORGE AMADO
SOBRE O SOCIALISMO LIBERTÁRIO:
Quando o sr. diz que a sociedade só será justa quando aliar os princípios do socialismo às garantias de liberdades individuais, como isso é possível? "Não sei. É difícil pra burro. Eu não sei se os meus netos verão isto, talvez os seus netos vejam isto. É fatal. Porque a humanidade marcha pra diante. O socialismo é fatal. O socialismo não depende de você, nem de mim, nem de ninguém. O socialismo é a marcha inexorável da humanidade que marcha pra frente. Agora, para se chegar ao socialismo verdadeiro, que o indivíduo, a sua individualidade não chega a ser esmagada, dizendo-se que é em função do coletivo, na realidade, sendo em função dos donos do poder... aí, nós vamos andar muito caminho, não tenho a menor esperança de ver, e nem sei se os meus netos verão isso, compreende? Agora, temos que lutar por isso. Porque a nossa luta caminha para isso. Só a luta mesquinha, daqueles que querem o poder imediato, que lutam para se obter alguma coisa imediamente, que é vã. A luta real e verdadeira é aquela que se faz no desejo de se obter aquilo que um dia será realidade" JORGE AMADO SOBRE A DITADURA MILITAR:
“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada... É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.” CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SOBRE A VIDA: ENTREVISTA DE HELIO PELLEGRINO A CLARISSE LISPECTOR, CONSTA DO LIVRO " DE CORPO INTEIRO"
Diga qual é a sua fórmula de vida. Eu queria imitar.
Há, no Diário íntimo de Kafka, um pequeno trecho ao qual gostaria de permanecer para sempre fiel, fazendo dele a minha fórmula de vida: "Há dois pecados humanos capitais dos quais todos os outros decorrem: a impaciência e a preguiça. Por causa de sua impaciência, foi o homem expulso do paraíso. Por causa de sua preguiça, não retornou a ele. Talvez não exista senão um pecado capital, a impaciência. Por causa da impaciência, foi o homem expulso, por causa dela não consegue voltar. Tenhamos paciência - uma longa, interminável paciência - e tudo nos será dado por acréscimo"
- Por que você escreve esporadicamente e não assume de uma vez por todas o seu papel de escritor e criador?
Poderia driblar essa pergunta, respondendo com uma meia-verdade - escrevo menos esporadicamente do que publico. Mas esta seria uma saída falsa, e não quero ser falso. Escrever e criar constituem, para mim, uma experiência radical de nascimento. A gente, no fundo, tem medo de nascer, pois nascer é saber-se vivo e - como tal - exposto à morte. Escrevo mais do devo para - quem sabe? - manter a ilusão de que tenho um tempo longo pela frente. A meu favor, posso dizer a você que, com freqüência, agarro-me pelas orelhas e me ponho ao trabalho. Há umas coisas valiosas nas quais acredito, com muita força. Preciso dizê-las e vou dize-las.
- Hélio, diga-me agora, qual é a coisa mais importante do mundo?
A coisa mais importante do mundo é a possibilidade de ser-com-o-outro, na calma e intensa mutalidade do amor. O Outro é o que importa, antes e acima de tudo. Por mediação dele. Na medida em que o recebo em sua graça, conquisto para a mim a graça de existir. É esta fonte da verdadeira generosidade e do entusiasmo - Deus comigo.
O amor genuíno ao Outro me leva à intuição do todo e me compele à luta pela justiça e pela transformação do mundo.
- Que é amor?
Amor é surpresa, susto esplêndido - descoberta do mundo. Amor é dom, demasia, presente. Dou-me ao Outro e, aberto à sua alteridade, por mediação dele, recebo dele o dom de mim, a graça de existir, por ter-me dado.
- Helio, você é analista e me conhece. Diga-me sem elogios - quem sou eu, já que você me disse quem é você...
Você, Clarice, é uma pessoa com uma dramática vocação de integridade e totalidade. Você busca, apaixonadamente, o seu self... e esta tarefa a consome e faz sofrer. Você procura casar, dentro de você, luz e sombra, dia e noite, sol e lua...
BORBOLETAS
MARIO QUINTANA
Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar… nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
liberdade, liberdade... abre as asas sobre nós...
POESIA: UMA VELA NA ESCURIDÃO...
O DESPERTAR DO SONHO
Jorge Bichuetti
Acaricio o vento
com m'ias asas trêmulas
e aspiro o perfume dos tempos
que ali segue,
como se no ar
a vida se eternizasse
num só movimento...
Num só movimento,
a sinfonia do existir,
voa. Voo. Na liberdade, sonho...
Um novo mundo brota,
florescente: céu, mares,
matas, riachos, pássaros,
cachoeiras e madrigais...
Entre flores, estarei no meu ninho,
brincando... de ser só
um menino alegre e travesso;
uma pluma, a plumagem
de um verso
e o estribilho encantado
de uma doce e suave
cantiga de ninar.
A FLOR DA PAIXÃO
Jorge Bichuetti
Não desejes o meu corpo,
me deseja inteiro...
eu e minhas utòpicas ilusões...
Não queiras possuir-me,
assim de repente,
como se o fogo consumisse
a flor da paixão...
Beija-mee, ternamente,
e, na embriaguês do amor,
me verás... me terás...
uma eterna florescência
de um devir suavidade...
uma janela sempre aberta
para os voos da liberdade
e uma fonte inesgotável
do néctar divino
que perfuma
os amores
na eternidade...
NUMA PRAIA DESERTA
Jorge Bichuetti
Ondeando, o mar, ia e vinha
e nunca se esquecia
de beijar a areia branca,
espumando-a de desejos...
Um coqueiro se erguia, solene;
gaivotas voavam, livremente,
e, no chão, uma semente
guardava o segredo da alegria...
Tartarugas e golfinhos brincavam,
vendo a aurora e o poente;
depois, distantes, sentiam o luar,
prateando os sonhos dos mortais...
Ali, as estrelas se reproduziam
e o céu era perto, feito o teto,
da casa de folhagem que abrigava
um casal de amantes da lua
e da vida de simplicidade,enamorados.
Cheios de mar... de amar,
suavizados, e carregando a leveza
de quem já só vive para sonhar...
ÁLAMOS
Jorge Bichuetti
Esbeltos, verdes
bailarinos,
serenos;
orvalhados
de estrelas
e luares...
Viris, alto
sonham;
suavemente,
oram...
de Deus,
meu verdejar...
AUGUSTA LIBERTAÇÃO
Jorge Bichuetti
Vinho e pão, mesa
farta e vida
caminhanbte...
Uma prece vela
os passos da cruz,
suplicante...
Pérpetuo Socorro,
magia do amor
cintilante...
Carisma, lavra
a terra e a abraça,
cantante...
Uma flor: fé
na luta e no sonho,
um levante...
SONH-AR
Jorge Bichuetti
Kochoré loná...
Tô a-ki
k-u-i
Q voz
k vo-cê
a-ma
cant-a
pra só vi-ver
e sonh-ar...
Jorge Bichuetti
Acaricio o vento
com m'ias asas trêmulas
e aspiro o perfume dos tempos
que ali segue,
como se no ar
a vida se eternizasse
num só movimento...
Num só movimento,
a sinfonia do existir,
voa. Voo. Na liberdade, sonho...
Um novo mundo brota,
florescente: céu, mares,
matas, riachos, pássaros,
cachoeiras e madrigais...
Entre flores, estarei no meu ninho,
brincando... de ser só
um menino alegre e travesso;
uma pluma, a plumagem
de um verso
e o estribilho encantado
de uma doce e suave
cantiga de ninar.
A FLOR DA PAIXÃO
Jorge Bichuetti
Não desejes o meu corpo,
me deseja inteiro...
eu e minhas utòpicas ilusões...
Não queiras possuir-me,
assim de repente,
como se o fogo consumisse
a flor da paixão...
Beija-mee, ternamente,
e, na embriaguês do amor,
me verás... me terás...
uma eterna florescência
de um devir suavidade...
uma janela sempre aberta
para os voos da liberdade
e uma fonte inesgotável
do néctar divino
que perfuma
os amores
na eternidade...
NUMA PRAIA DESERTA
Jorge Bichuetti
Ondeando, o mar, ia e vinha
e nunca se esquecia
de beijar a areia branca,
espumando-a de desejos...
Um coqueiro se erguia, solene;
gaivotas voavam, livremente,
e, no chão, uma semente
guardava o segredo da alegria...
Tartarugas e golfinhos brincavam,
vendo a aurora e o poente;
depois, distantes, sentiam o luar,
prateando os sonhos dos mortais...
Ali, as estrelas se reproduziam
e o céu era perto, feito o teto,
da casa de folhagem que abrigava
um casal de amantes da lua
e da vida de simplicidade,enamorados.
Cheios de mar... de amar,
suavizados, e carregando a leveza
de quem já só vive para sonhar...
ÁLAMOS
Jorge Bichuetti
Esbeltos, verdes
bailarinos,
serenos;
orvalhados
de estrelas
e luares...
Viris, alto
sonham;
suavemente,
oram...
de Deus,
meu verdejar...
AUGUSTA LIBERTAÇÃO
Jorge Bichuetti
Vinho e pão, mesa
farta e vida
caminhanbte...
Uma prece vela
os passos da cruz,
suplicante...
Pérpetuo Socorro,
magia do amor
cintilante...
Carisma, lavra
a terra e a abraça,
cantante...
Uma flor: fé
na luta e no sonho,
um levante...
SONH-AR
Jorge Bichuetti
Kochoré loná...
Tô a-ki
k-u-i
Q voz
k vo-cê
a-ma
cant-a
pra só vi-ver
e sonh-ar...
ENCONTRO COM CHICO BUARQUE: O CANTO DA RESISTÊNCIA... UMA VOZ NA LUTA CONTRA A DITADURA MILITAR...
parace ontem. 31 de abril de 1964. Golpe militar... uma longa ditadura... tortura, miséria, censura, escuridão... Na escuridão, uma voz... um canto pela liberdade: CHICO BUARQUE DE HOLANDA...
anos duros.
prisões. nos porões da ditadura, o arbítrio - assassinatos, tortura, exilados e desaparecidos... tudo proíbido: um país sem alegria, com os olhos nublados pela crueldade de uma vil ditadura. ele reisiste e canta:
apesar da esperança,
quanta lágrima!... a morte andava livremente na rua... dos quartéis, vinha um sobro de cinzas, escurendo o céu e nos tirando a vida. Tortura nunca mais... Ante a violência, ele ousou ser a voz e cantoua dor das mães que viram seus filhos desaparecem no oceano de ignomia dos desmandos da nossa longa e triste ditadura:
a dignidade de novo acordava, escutando chico buarque... e o brasil cantou. denunciouos desmandos, o exílio, nossas palmeiras que via longe o choro de seus sabiás...
o povo se reorganizou...
lutou: anistia, reorganização das lutas e dos sonhos... lutamos, ouvindo:
Enfim, o medo se foi...
o povo na rua, gritava por liberdade... e chegamos nos portais do alvorecer, indignados e cheios de esperança, pedindo o direito de ser e viver, renascemos cantando:
AVE, LIBERDADE: OBRIGADO, CHICO... CHICO BUARQUE DE HOLANDA, UMA UTOPIA VIVA...
O POVO UNIDO JAMIS SERÁ VENCIDO! ABAIXO A DITADURA! ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA. MOVIMENTO PELA VIDA E CONTRA CARESTIA... ABC... UNE... O POVO NA RUA - DIRESTAS JÁ... AMANHECEMOS PARA SONHAR COM UM CAMINHO DE VIDA E LIBERDADE, JUSTIÇA E ALEGRIA...
TORTURA NUNCA MAIS... PELA APROVAÇÃO DA COMISSÃO DA VERDADE. PASSEMOS A LIMPO A NOSSA HISTÓRIA... NÃO DEIXEMOS IMPUNE TANTO SANGUE DERRAMADO...
MESTRES DO CAMINHO: MILLÔR FERNANDES, O HUMOR DA RESISTÊNCIA E DA LUTA PELA DEMOCRACIA...
REFLEXÕES E POEMETOS:
- probleminhas terrenos:
quem vive mais
morre menos?
MILLÔR FERNANDES
- As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.
- Viver é desenhar sem borracha.
- Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.
- Não devemos resisitir às tentações: elas podem não voltar.
- Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.
- O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.
- Quem mata o tempo não é assassino mas sim um suicida.
- [POEMEU EFEMÉRICO]
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril
- Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus.
- Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.
- Se é gostoso faz logo, amanhã pode ser ilegal.
- Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.
- Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos.
- O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas
- Você está começando a ficar velho quando, depois de passar uma noite fora, tem que passar dois dias dentro.
- Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos
É que se passam
Os anos
- Machão não come mel - come abelha.
- na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua
o vira-lata
lambe a lua
- Se você acha que está maluco é porque não está. Mas, se você acha que todo o mundo está maluco, então está.
- Nada é mais falso do que uma verdade estabelecida.
- Roube ainda hoje! Amanhã pode ser ilegal.
- é meu conforto:
da vida só me tiram
morto
da vida só me tiram
morto
- há colcha mais dura
que a lousa
da sepultura?
que a lousa
da sepultura?
quem vive mais
morre menos?
MILLÔR FERNANDES
SOCIEDADE DE AMIGOS: UM CANTO DA AURORA...
PROJETAR
Paulo Cecílio
( poema para Monsenhor Juvenal Arduini )
PROJETAR:
TORNAR POSSIVEL, PRANCHETAR,
GERAR CASTELOS DE ALGODÃO.
PROJETAR:
EJETAR A ALMA A DEUS, EXERCITAR SONHOS,
TRACEJAR DOÇURAS, REMETER CORAGEM .
PROJETAR :
PARTIR FICANDO, REENCARNAR TORRENTES,
CAUDALOSAS TEMPESTADES DE ÁGUA BENTA.
PROJETAR:
SONHAR, SONHAR, SONHAR...
dia 9 de abril, sábado, às 13 hs: atividades da Universidade Popular Juvenal Arduini
quarta-feira, 30 de março de 2011
VIDA, SONHOS E ARTE: AFORISMAS NOTURNOS... UM ENTRE, A FILOSOFIA E A POESIA...
Jorge Bichuetti
O sonho antecipa, acelera e intensifica... a realidade da aurora que dormita na escuridão da noite.
***
Indignar-se é o verbo da vida que se vê ferida pelo punhal da injustiça.
***
Na encruzilhada, o homem vê retas, curvas... eclipses, miragens... E, ali, na transversalidade dos seus eus, há um sonho no caminho e há o caminho do seu sonho.
***
A flor que nasce no pântano não sabe se é um sonho de um batráquio ou a corporificação de um anjo
***
A ponte sobre o abismo é um dispositivo do devir. Um entre... onde estradeiam os que mirando o porvir, não se sentem seduzidos pelo burburinho das sombras do oco precipício.
***
A brisa refresca; o vento curva... Os caules flexíveis resistem; os que enrijecem tombam...
***
O andarilho se encanta com o horizonte. Nele, vê novos mundos...
Para quem se estagna na beira da estrada, o chão e o céu, o que vem e o que vai, não passam de um espelho.
***
Quem só uiva para a lua cheia, não ama o outro; deseja o prazer e a si próprio, refletidos no luar...
***
O entardecer é um atalho para os sonhos. A arte e os rituais de magia, igualmente... Territórios reais do surrealismo... Da vida.
***
A revolução é um sonho de libertação; e os sonhos são revoluções libertárias que libera o homem do racionalismo, do pessimismo e do fatalismo.
O sonho antecipa, acelera e intensifica... a realidade da aurora que dormita na escuridão da noite.
***
Indignar-se é o verbo da vida que se vê ferida pelo punhal da injustiça.
***
Na encruzilhada, o homem vê retas, curvas... eclipses, miragens... E, ali, na transversalidade dos seus eus, há um sonho no caminho e há o caminho do seu sonho.
***
A flor que nasce no pântano não sabe se é um sonho de um batráquio ou a corporificação de um anjo
***
A ponte sobre o abismo é um dispositivo do devir. Um entre... onde estradeiam os que mirando o porvir, não se sentem seduzidos pelo burburinho das sombras do oco precipício.
***
A brisa refresca; o vento curva... Os caules flexíveis resistem; os que enrijecem tombam...
***
O andarilho se encanta com o horizonte. Nele, vê novos mundos...
Para quem se estagna na beira da estrada, o chão e o céu, o que vem e o que vai, não passam de um espelho.
***
Quem só uiva para a lua cheia, não ama o outro; deseja o prazer e a si próprio, refletidos no luar...
***
O entardecer é um atalho para os sonhos. A arte e os rituais de magia, igualmente... Territórios reais do surrealismo... Da vida.
***
A revolução é um sonho de libertação; e os sonhos são revoluções libertárias que libera o homem do racionalismo, do pessimismo e do fatalismo.
DIÁRIO DE BORDO: ENTRE O SONHO E O ALVORECER...
Jorge Bichuetti
Navegar é preciso... A casa está toda cheia de brinquedos; a Lua sente que na sua vida bolas e bonecas equivalem aos meus livros. Não duvido. Perdemos muito desistindo de concetar o outroe o mundo, através do brincar... Escrevo, ouvindo a cantoria dos pássaros e sentindo o sol, cheio de liminosidade, brilhando no verde dos meus álamos...
Como uma árvore conta a vida da floresta!... Escuto meus álamos; e penso... penso no homem. Nós. Silenciosos, ou no burburinho vazio das futilidades, vamos deixando o barco seguir no compasso das ondas. todavia, as ondas que nos governam não nascem da brisa serena da mãe natureza. Os que sabeem o que lhes interessam, sopram... sopram ondeano o mar. querem diminiur a área de preservação ambiental. Querem reduzir de 30 para 15, de 15 para 7 e de para nada... O código florestal está sendo debatido no Congresso Nacioanl...
Quem cederá tua própria voz para que as árvores declarem seu desejo de permanecer e de multiplicarem a sua função vital de equilibrar nosso ecossistema?... Quem soprará para que o barco siga os caminhos da vida, desviando-se das tormentas da morte?...
Navegar é preciso... Assumamos o leme e os remos da nossa embarcação. digamos sim ao verde e evitemos que a Terra seja convertida num pó cinzento diluído no infinito.
Viver é intervir, conviver... é um agir. Nosso silêncio é uma atroz ação.
***
José Alencar, depois de longos anos de luta, partiu... Um guerreiro... Político e cidadão: dedicou-se à vida pública, calando as dores do câncer, para morrer, servindo..
***
O sonho é negado pelo racionalismo; e, secundarizado, parece um artigo do misticismo, da psicanálise e da arte. Contudo, gritam e seus gritos ainda ressoam, gritam os surrealistas... Eles gritam, dizendo que o sonho é a realidade desnuda do novo e do alvorecer.. Um manifesto política por uma nova vida e um nvo mundo, escritos com a arte da imaginação que vê, para além do precipício, um vale florido com os voos do homem livre.
Ousemos navegar nos mares da utopia e descortinar na magia rebelde da criatividade o alvorecer.. Um nvo alvorecer. O alvorecer da vida de alegria e liberdade, ternura e solidariedade.
Navegar é preciso... É preciso ousar, é preciso lutar...
"Somos do tamanho dos nossos sonhos"
Seremos o que semearmos na caminhada.
Entre o verde das matas e as cinzas, da destruição, estão nossas mãos... nossa luta e nossa ação...
AVISOS:
DIA 19 DE ABRIL: DIA DOS POVOS INDÉGENAS...
DIA 21 DE ABRIL: DIA DA TERRA
DIA 28 DE ABRIL: DIA DA EDUCAÇÃO
DIA 9 DE ABRIL, SÁBADO, ÀS 13 HS: TRABALHO COLETIVO DA UNIVERSIDADE POPULAR JUVENAL ARDUINI: DIVULGUE... PARTICIPE...
RUA CAPITÃO DOMINGOS, 1079
POR UMA NOVA TERRA, POR UM POVO POR-VIR...
SEMEIE ESTA FLOR NO JARDIM DA VIDA...
Navegar é preciso... A casa está toda cheia de brinquedos; a Lua sente que na sua vida bolas e bonecas equivalem aos meus livros. Não duvido. Perdemos muito desistindo de concetar o outroe o mundo, através do brincar... Escrevo, ouvindo a cantoria dos pássaros e sentindo o sol, cheio de liminosidade, brilhando no verde dos meus álamos...
Como uma árvore conta a vida da floresta!... Escuto meus álamos; e penso... penso no homem. Nós. Silenciosos, ou no burburinho vazio das futilidades, vamos deixando o barco seguir no compasso das ondas. todavia, as ondas que nos governam não nascem da brisa serena da mãe natureza. Os que sabeem o que lhes interessam, sopram... sopram ondeano o mar. querem diminiur a área de preservação ambiental. Querem reduzir de 30 para 15, de 15 para 7 e de para nada... O código florestal está sendo debatido no Congresso Nacioanl...
Quem cederá tua própria voz para que as árvores declarem seu desejo de permanecer e de multiplicarem a sua função vital de equilibrar nosso ecossistema?... Quem soprará para que o barco siga os caminhos da vida, desviando-se das tormentas da morte?...
Navegar é preciso... Assumamos o leme e os remos da nossa embarcação. digamos sim ao verde e evitemos que a Terra seja convertida num pó cinzento diluído no infinito.
Viver é intervir, conviver... é um agir. Nosso silêncio é uma atroz ação.
***
José Alencar, depois de longos anos de luta, partiu... Um guerreiro... Político e cidadão: dedicou-se à vida pública, calando as dores do câncer, para morrer, servindo..
***
O sonho é negado pelo racionalismo; e, secundarizado, parece um artigo do misticismo, da psicanálise e da arte. Contudo, gritam e seus gritos ainda ressoam, gritam os surrealistas... Eles gritam, dizendo que o sonho é a realidade desnuda do novo e do alvorecer.. Um manifesto política por uma nova vida e um nvo mundo, escritos com a arte da imaginação que vê, para além do precipício, um vale florido com os voos do homem livre.
Ousemos navegar nos mares da utopia e descortinar na magia rebelde da criatividade o alvorecer.. Um nvo alvorecer. O alvorecer da vida de alegria e liberdade, ternura e solidariedade.
Navegar é preciso... É preciso ousar, é preciso lutar...
"Somos do tamanho dos nossos sonhos"
Seremos o que semearmos na caminhada.
Entre o verde das matas e as cinzas, da destruição, estão nossas mãos... nossa luta e nossa ação...
AVISOS:
DIA 19 DE ABRIL: DIA DOS POVOS INDÉGENAS...
DIA 21 DE ABRIL: DIA DA TERRA
DIA 28 DE ABRIL: DIA DA EDUCAÇÃO
DIA 9 DE ABRIL, SÁBADO, ÀS 13 HS: TRABALHO COLETIVO DA UNIVERSIDADE POPULAR JUVENAL ARDUINI: DIVULGUE... PARTICIPE...
RUA CAPITÃO DOMINGOS, 1079
POR UMA NOVA TERRA, POR UM POVO POR-VIR...
SEMEIE ESTA FLOR NO JARDIM DA VIDA...
BONS ENCONTROS: É PRECISO SABER VIVER...
Vivemos, nem sempre percebemos para onde e por onde conduzimos o barco da vida... vivemos com manias, com preconceitos e vícios mentais. Aqui, ouviremos poetas, pensadores, artistas e cidadãos, dizendo-nos algo, algo que parace poder muito nos ajudar a viver melhor e mais...
Sentir primeiro
Mario Quintana
Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois
- "Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado." Clarisse Lispector
quando perdoar os erros
e as decepções do passado." Clarisse Lispector
Se você errou
Cecília Meireles
Cecília Meireles
Se você errou, peça desculpas...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo diga...
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo diga...
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
Nem tudo é fácil
Cecília Meireles
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
- "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier
“Não. Não tenho medo de morrer. De forma alguma. Mesmo porque, se Deus quiser me levar, Ele não precisa do câncer. Tenho medo é da desonra." José Alencar, ex-vive presidente do Brasil.
Escutemos... e transformemos nossos passos no caminho:
POESIA: AS ASAS VERDES DA VIDA...
A ÂNSIA DAS MATAS
Jorge Bichuetti
Longe, das árvores,
sem o canto
dos passarinhos,
o rio secou...
Triste, a Terra
chorou;
um choro
sem água
sem lágrimas
sem adeus...
Só, um seco
lamento,
extrema-unção...
Um rouco gemido,
uma navalha
na carne
da imensidão...
MEU TRISTE SABIÁ
Jorge Bichuetti
Na gaiola, o sabiá
solfejava o seu
chorinho
noturno
um sonho
de penas...
Lamúrias
da saudade...
Recordava, o verde
as matas
o riacho
um cacho
frugais pencas
onde floriam
outrora
seus madrigais...
NOSSO HUMANO APOCALIPSE
Jorge Bichuetti
Suspira a noite no silêncio
da vida que no limbo se vê
numa lenta e árdua agonia...
as estrelas salpicam o céu
e como se vagassem numa romaria,
brilham num encanto de luz e fé,
imersas no incerto, crêem num novo dia...
as verdes matas incendiadas
e cortadas... Jogam no ar
as cinzas do tempo... A dor
do último passaro que a Terra beija
com sua singela e brejeira cantoria,
lançando no chão uma última lágrima.
Deus ajoelha-se num novo asteróide e chora...
Chora, no céu, na sua manjedoura de bambu;
e, só, lamenta o arbítrio humano...
Só... ele, a escuridão e a estrela-guia...
UMA ESPERANÇA NO AR...
Jorge Bichuetti
( ouvindo Um Índio de Caetano Veloso )
Terra seca, ar
de fuligem;
um cinza no céu...
Vidas secas: há
um pouco amar;
nenhum sonhar...
Nas estrelas, um
índio insurgente
deseja, aqui, guerrear...
Se vier, semear;
o homem das ruínas,
o barco, deixará...
e tudo, de novo,
irá, solenemente,
verde verdejar...
Jorge Bichuetti
Longe, das árvores,
sem o canto
dos passarinhos,
o rio secou...
Triste, a Terra
chorou;
um choro
sem água
sem lágrimas
sem adeus...
Só, um seco
lamento,
extrema-unção...
Um rouco gemido,
uma navalha
na carne
da imensidão...
MEU TRISTE SABIÁ
Jorge Bichuetti
Na gaiola, o sabiá
solfejava o seu
chorinho
noturno
um sonho
de penas...
Lamúrias
da saudade...
Recordava, o verde
as matas
o riacho
um cacho
frugais pencas
onde floriam
outrora
seus madrigais...
NOSSO HUMANO APOCALIPSE
Jorge Bichuetti
Suspira a noite no silêncio
da vida que no limbo se vê
numa lenta e árdua agonia...
as estrelas salpicam o céu
e como se vagassem numa romaria,
brilham num encanto de luz e fé,
imersas no incerto, crêem num novo dia...
as verdes matas incendiadas
e cortadas... Jogam no ar
as cinzas do tempo... A dor
do último passaro que a Terra beija
com sua singela e brejeira cantoria,
lançando no chão uma última lágrima.
Deus ajoelha-se num novo asteróide e chora...
Chora, no céu, na sua manjedoura de bambu;
e, só, lamenta o arbítrio humano...
Só... ele, a escuridão e a estrela-guia...
UMA ESPERANÇA NO AR...
Jorge Bichuetti
( ouvindo Um Índio de Caetano Veloso )
Terra seca, ar
de fuligem;
um cinza no céu...
Vidas secas: há
um pouco amar;
nenhum sonhar...
Nas estrelas, um
índio insurgente
deseja, aqui, guerrear...
Se vier, semear;
o homem das ruínas,
o barco, deixará...
e tudo, de novo,
irá, solenemente,
verde verdejar...
SOCIEDADE DE AMIGOS: A INSURGÊNCIA TERNA DA POESIA DE THIAGO LUÍS ( 2 )
CRESCER DÓI...
Thiago Luís
Crescer dói.
E dói fundo.
doce criança desse mundo
tão imundo
velho adulto desse sonho
tão esdrúxulo
Crescer dói.
Dói mais ter escrúpulos.
CARÍCIA VISCERAL...
Thiago Luís
carícia
toque
carícia
morte
carícia
fome
carícia
choque
carícia
love
love
love
a carícia fundamental do
homem
DENGUE
Thiago Luís
o zumbido
do mosquito
atrapalha o Brasil
esfarrapa o Brasil
amordaça o Brasil
o zumbido
do mosquito
envergonha o Brasil
entontece o Brasil
enfraquece o Brasil
o zumbido
do mosquito
desmascara o Brasil
desfigura o Brasil
delibera o Brasil
o Brasil
essa plaga de água paradas
esse doce criadouro de larvas
essa febre que não passa
essa falta de educação
essa exclusão, corrupção
[essa epidemia a cada verão]
são seus poetas azumzear
Brasil sil sil sil sil sil sil sil
" a arte da vida pulsa no sonhar e voa com os versos da vida de quem sabe amar." jorge bichuetti
Assinar:
Postagens (Atom)