quinta-feira, 17 de março de 2011

POESIA: ENTRE A LIBERDADE E AS FLORES...

                                   A FLOR E A BORBOLETA
                                                     Jorge Bichuetti

Te quis e no afã de te possuir,
construi um castelo de cristal;
asfiada, foste e, ali, eu  fiquei,
alucinado numa loucura infernal...

Sonhava, contigo, e te via,
nos meus braços, no meu amor...

O tempo que tudo desanuvia,
me desnudou tua alma e, hoje,
te sinto uma livre borboleta...

Que chorosa, longe, espera
que eu faço do meu u'a flor...


                          NÔMADE
                                       Jorge Bichuetti

Árido deserto, longa caminhada...
Vagando sem destino, procuro
a vida ainda não inventada...

Se as flores silvestres me fascinam;
igual amor, eu sinto, pelo pó da estrada...

Talvez, um dia, eu me encontre;
e descubra que o tudo e o nada
se misturam na poesia da noite
e nas paixões enluaradas...


                                  MENINO
                                             Jorge Bichuetti

A liberdade anda e eu sigo
louco, a desejo co'ardor;
porém, ela não me espera,
me deixa, eu e  na m'ia dor...

Ela não me deseja mais,
como, hoje, vivo e estou;
ela sonha  co'o menino
que eu perdi.. já não sou...

2 comentários:

Anne M. Moor disse...

Jorge

"Vagando sem destino, procuro
a vida ainda não inventada..."

Acho que vamos inventando a vida na caminhada e com isso nos permitimos criar e ser "livres", sem muitas cobranças, sem medos e sem preconceitos...

Belo poema.
bjo
Anne

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Anne, querida, assim, caminhamos produzindo vida-sonhos e sonhos-vida.
Abraços com ternura, Jorge