No lírio que floresce nos pântanos, me descubro ousadia de voar e coragem obstinada de caminhar, entre espinhos que se erguem da minha própria pequenez...
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Na aurora, contemplo o infinito e numa oração pagã, deposito meu ego na ventania da imensidão... Anseio parir-me uma tresloucada novidade que nunca tema os voos da paixão nem se iluda com as redes de balanço das vis acomodações...
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Amar é mais do dar; é dar-se pela vida...
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Que o fogo da luta queime a poeira dos preconceitos e a fuligem dos privilégios, em mim e no mundo: eis Alma do Infinito, a minha humilde oração...
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O novo não nasce nos escaninhos da ciência e do poder; ele floresce no caminho pedregoso e íngreme da luta por um novo tempo e uma nova humanidade...
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Se almejamos superar a exclusão, usemos o aspirador da mudança e aspiremos o pó da dominação que nubla o horizonte tanto quanto obscurece o pulsar criativo do nosso inconsciente...
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As flores revolucionam o mundo porque ativam o devir ternura... e a exploração e a opressão podem at´re serem dissimuladas pelo véu das etiquetas... Contudo, são pura vileza e crueldade, desumanidade.
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Ante as aventuras do navegar dos nossos amigos, se nos movemos pela ética da amizade, calamos nossas recriminações, e nos parimos num devir cais...
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Excluir é torturar... expropriar, mortificar... às vezes, com fuzis, doutras vezes, com a segregação... e muitas vezes, com o ferino e veneno dos nossos olhares...
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Amar é mais do que querer; é querer para o outro a alegria, mesmo quando a tecemos com os fios das nossas próprias lágrimas...
2 comentários:
Bom dia Jorge,
Esses aforismos nos fazem refletir...e ganhar forças para perseverar...devir plenitude.
Beijos...com carinho...Mila.
Querida Mila; meu carinhoso abraço e minha convicção de que refletimos para viver e ao viver, extraímos da vida novos pensamentos... Abraços com carinho, jorge
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