O vento que leva as folhas secas do outono; espalha a fertilidade que inunda o chão e, assim, quando este floresce primaveril plasma na alquimia da vida o brilho e as pulsações do eterno retorno.
***
Só sucumbe ao peso das rugas, os corações que deixaram nas encruzilhadas da vida o brilho do olhar...
***
A lágrima que cai, enternecida, umidifica os lábios que bailará no sorriso do porvir.
Só a uma profunda aceitação da nossa humanidade nos permite sofrer, conjugando valentia e ternura...
***
A vida seca num existir vegetativo: rir e chorar, chegar e partir não esterilizam a vida - a fortalece; a vida não-vivida é a única chaga que nunca fecha...
***
As lutas humanizam e edificam o humano na ousadia de caminhar e sonhar; o perigo da existência mora no hipnotismo da imobilidade que infantiliza e mumifica...
***
Se a lagarta temesse romper o casulo, nunca lograria devir-se borboleta... Assim, caminha... a vida com saltos, revoluções...
***
Quem na noite recusa a companhia das estrelas e do luar, não suporta a espera... e para ele, assim, o sol será sempre uma fantasiosa ilusão.
***
O bosque que mora na semente... é semelhante ao infinito que habita os diminutos versos de uma poesia...
***
Mar e cais: máquina de guerra para fazer a vida viver...
***
O sonho é o embrião do porvir... O revolucionário, uma incubadora...
2 comentários:
E nestes aforismos mergulhei em recantos do espirito que em silencio vivem em mim.
Boa semana, um abraço
oa.s
OA.S: que seja seu caminho azulado de sonhos da vida remoçada na alegria de ser... um voo no amplo céu do coração; abs ternos, jorge
Postar um comentário