Há no amor um encanto que clama por ser um vínculo que consiga transitar entre o animal e o além do homem: sensualidade e ternura; poesia e compaixão; alegria e partilha; voo estelar e cais florido... um ser no alegrar-se com o riso e o azular do outro... um alegrar o outro num mágico devir-se estrela no nosso próprio caminhar... Amar é dar-se e no dar-se encontrar-se plenificado na potência de ser um flor e um sonho... caminhos do amar...
Amar é permitir, igualmente, ser amado. Aceitar o braço do abraço; tendo no outro, asas e cais...
O amor floresce no deserto e abre clareiras na escuridão dos abismos...
Atinge seu cume quanto o próprio amar torna-se poesia visceral; cantiga da vida na alvorada do porvir...
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A solidariedade é ponte entre o passado e o porvir... Ponte, fonte, passagem: matriz de um novo mundo, um novo homem, novas subjetividades...
A lágrima do outro, se a sinto na minha pele, me desterritorializa e me potencializa na produção inventiva de um suave e terno nós... Nós, humanidade ... Nós, humanidade que desata os nos dos grilhões do individualismo e instala a arte de ser... uma multidão amorosa, cúmplice e libertária... suavidade generosa, amizade que flui fecundando a vida com as floradas da compaixão e da gentileza, a boniteza...de vier para mar... e a inteireza de no amar, tecer os sonhos de libertação na aurora da vida remoçada pelo canto do infinito que se harmoniza na melodia da fraternidade...
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A compaixão é espaço germinativo do amor solidário...
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O perdão é o olhar, a palavra e o silêncio, da vida que caminha, desbravando o novo... sem se cristalizar nas feridas do ontem. Assim, é liberdade e libertação... Nova humanidade que apaga os registros moralistas da culpa e do ressentimento, para viver as conexões do crescimento e dos devires porvindouros... no aconchego dos ninhos e nichos da compreensão...
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Amar é partilhar e dar-se, abrasar de carinho e eternizar-se na ternura... E bailar com os deuses na epopeia da vida que é arte e criatividade... movimento que na gira e na roda dos tempos, inaugura a beleza e o encanto dos instantes eternos...
2 comentários:
Jorge, penso que aprendemos a amar quando conseguimos possuir empatia com nossos companheiros de jornada...
Entre o amor, a solidariedade, a compaixão, o perdão e o amar estamos nós...eternos aprendizes da vida!
Beijos...com carinho e ternura...Mila.
Mila: vamos poetizando nosso aprendizado e, assim, ao amor se faz enluarado... abs ternos
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