sábado, 5 de março de 2011

CARNAVAL, SENSUALIDADE E DIVERSIDADE

                                                   Jorge Bichuetti

Tempo de Carnaval... Alegria ou devassidão?... busquemos entendê-lo e ver nele suas potência e magia.
Alguns o liga aos bacanais dionísicos da Antiga Roma. Outros as festas de Dezembro quando Roma se liberava e vivia dias de prazer e loucura.
Na Idade Média, era o adeus às carnes precedendo a quaresma...
Depois, no século XIX, renasce em Paris como uma festa popular, de alegria e liberdade.
No Brasil, surge e se expande dos oprimidos que celebram a alegria, a vida e a liberdade, com seus tambores e tamborins, relembrando a África distante, pátria perdida e os dias de escura e asfixiante vida nas senzalas da escravidão.
Assim, surge um som e uma dança que traduzem na arte a resistência dos oprimidos, que alegres reinam convidando para a folia.
Carnaval é arte e vida... Um espaço de brilhar e de se encantar com a magia da vida que resiste e inventa linhas de fuga que permitem escapulir das opressões.
Festa sensual, sexo liberado: não se vive o que não se deseja... O Carnaval somente agencia a coragem e a audácia de experimentar os desejos encobertos pela vida de submissão.
Ele é performance... corpos bailando sedutores e libertos da cinzenta vida de terno e gravata que nos mantém atrelados aos imperativos das normas, dos instituídos, da que mundo permite e determina como normalidade institucionalizada.
Nele, re-tomamos o brincar, a dança, a cantoria, a sensualidade, a expressão espontânea e a liberdade.
No dia-a-dia, todos somos iguais... Boas ou más cópias...
No Carnaval, cabe a diversidade.
É vida em movimento... espaços da paixão. Um canto de liberdade.
A mídia e o estado o captura. vira comércio e espetáculo...
Podemos vivê-lo no chão... Num chão estrelado de corpos performáticos e sensuais, livres e ternos, cheios de alegria e arte... Um espaço das paixões alegres.
Banalização do sexo? preefiro epnsar que o caldeirão contidoe vigiado, sob a fervura do desejo, quando vê  e caminha nos espaços da liberde, explode... Então, a questão é a repressão cotidiana.
Fantasias, alegorias: uma multidão... Agenciamentos que nos desnudam e tiram as nossas máscaras.
Recordando, velhos carnavais, apenas, digo " Mangueira é... um canto de fé ; que leva na poeira e no pe."
                                                       ***
Carnaval é caosmose... Uma folia com brisa refrescante do novo que nos chama na chama da paixão...




Seguro seguro: use camisinha... ame, não brigue; diga não a violência... alegria é paz

2 comentários:

Chiquinha Menduina disse...

Querido amigo, fico feliz em tiver no meu Blog, quando ao Carnaval acho bonito mas está muito deturpado, as pessoas não sabem como brincar mais,

Beijos
com carinho

Menduiña

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Menduiña, minha amiga, sinto saudade dos carnavais passados. Fico em casa. Sai ontem no Bloco da Inclusão, uma luta dos portadores de sofrimento mental, que juntou a cidade, num ideal de liberdade...
Depois, saio numa escola de samba, o resto? fico em casa, com minha pequena Luaa, meus discos e meus sonhos... queria muito lhe pedir, se o seu coração falar sim, uma poesia para que a divulgue no meu blog... Pois, a tenho com muito carinho, lendo-a, escutando-a... ternura viva, amor de passarinho...
Se decidir ouvir meu pedido envie para meu email pessoal: utopiaativa@netsite.com.br
abraços com carinho e ternura, Jorge