Jorge Bichuetti
A chuva cessou e me trouxe, inesperadamente, meus amigos: os passarinhos estão cantando... A Lua não sabe o que faz... Ora, os vigia; ora, se aninha nos meus pés...
Nós, também, nem sempre sabemos o que fazemos... nem sempre observamos para onde andamos levando nosso destino...
Vivemos. Naturalizamos nossa rotina, justificamos nossa conduta... E, assim, seguimos, como se a nossa vida fosse a única opção de existência para os nossos passos no caminho.
Queremos conhecimento; mas, não estudamos...
Desejamos um grande amor; contudo, exigimos ser amados e nunca nos dispomos a amar...
Almejamos serenidade e paz; porém, não cultivamos compreensão, tolerância, generosidade e afabilidade...
Gostaríamos de ter muitos amigos, todavia, nos isolamos e não oferecemos simpatia, solidariedade, ternura e compaixão...
Queremos... Entretanto, evitamos ver que a vida é construção, luta perseverante, esforço disciplinado, doação e partilha.
Não é uma oferenda...
Não é um milagre...
Não é um prémio...
Nosso destino está escrito nas estrelas... nas estrelas que nascem das nossas atitudes, realizações e pensamentos.
Então, temos total autonomia para construir nosso destino?
Seria ingenuidade dizer que sim... Como não podemos negar que somos o que fazemos de nós, inclusive, o que fazemos do que surge como fatalidade ou acontecimento imprevisível...
Comecemos a dominar as construções que almejamos na vida.
Exercitemos nossa vontade de potência.
Sejamos ativos e busquemos nossos desejos e sonhos, lutando, arduamente, para concretizá-los.
Se submissos e passivos, se reativos, sempre estaremos dominados e subjugados pelo outro e pelo mundo.
Para onde vamos?
Se a vida é uma caminhada, necessitamos de nos conscientizar das paragens e cidadelas que buscamos como meta, destino, ou futuro.
Amanhã, olharemos nossa vida e veremos que não podemos colher o que não semeamos.
Semeemos, então, um jardim... e suas flores nos trarão as borboletas e os passarinhos.
As grandes catástrofes que nos aterrorizam se originam de fatalidades que se ergueram sobre uma natureza danificada por desequilíbrios ecológicos oriundos da nossa ação de destruição e mutilação permanentes.
Modifiquemos nosso rumo, nossa direção e nosso modo de andar na vida.
Só o amor e a solidariedade hão de nos abrigar das desventuras que nascem do individualismo e do narcisismo.
Só a nossa coletivização, baseada na simplicidade e na humildade, nos livrará dos desastres que se derivam da onipotência e da prepotência.
Caminhemos... buscando paz e amor. Lutemos, inibindo as forças destrutivas de dominação e subordinação.
Assim, a liberdade florescerá e com seus voos alcançaremos os cumes da existência onde mora e pulsa, brilha e encanta a estrela da felicidade...
sábado, 19 de março de 2011
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5 comentários:
Jorge Bichuetti:
Bom-dia!
Trabalho no Movimento Espírita de Torres-RS. Você faz palestras espíritas. POderia fazer uma palestra na xv semana espírita de Torres, em novembro?
Jorge Saes.
jaasaes@terra.com.br
O amor está em todos os lados,porém nem todas as pessoas conseguem enxergá-lo, para a infelicidade do outro, seja por medo de sofrer novamente, seja por inflação egocêntrica, seja por falta de sintonia, seja por ausência de química. O amor está nos nossos poros, ele faz transpirar emoções naturalmente, mas só terá o seu verdadeiro sentido se partir da vontade, do querer, do devir-sentir-desejo de cada um. Caso contrário, a gota suada, transpirada, escorrerá e cairá nos braços da amizade. E que seja também verdadeira enquanto dure. Às vezes, uma amizade real é mais valiosa que um amor equivocado. E qualquer coisa é melhor do que nada, quando há a presença do amor que não sufoca, que não detona os sonhos do outro.. Beijos
Tânia, o amor alimenta a vida e nos mantém com capacidade de caminhar e sonhar; porém, se nos fechamos narcisicamente abamos por gerar um amor que não nos amplia nem nos intensifica.... sem o outro nossa vida tende à paralisia; assim, o amor necessita ser ponte e partilha... Uma multiplicidade que multiplicita a vida.
Abraços com carinho, Jorge
Para onde vamos? espero que não seja para nenhum mundo idealizado pelo ser humano. O século passado mostrou no que dá um ideal.
Mas, em se plantando a paz e o amor, a solidariedade, a piedade, o mundo sempre irá melhorar, pois o Homem não é conservador.
É o que eu acho e tenho certeza, Jorge, que vc pensa assim.
Abraços
Amigo, se semeamos amor e ternura, compaixão e generosidade vamos plantando um caminho de paz, onde somos cada vez melhores do que fomos... Abraços com ternura, Jorge
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