Jorge Alberto Nabut, um homem das artes... Poeta, escritor, jornalista, historiador, cineasta, teatrólogo... Um exímio cultivador das memórias sacras e da formação da própria cidade de Uberaba...
Ei-lo aqui com seu novo livro: Geografia da Palavra...
DI-PLO-MA
um sininho acode
que a aula
a lição
o soluço
a vida
a vaga
tudo se desenha
se paga ee se apaga
feito risca de giz.
O TATO
Rastrear os sinais
impressões digitais
símbolos deixados nas coisas
pela funcional presença da mão
as mãos e os pés
largam a planta da caligrafia
- não a cães farejadores de foragidos -
mas a outras mãos outros pes
de sinais iguais ou parecidos
não há leitura simbólica
nesses sinais
deixados pelas palmas
abertas e aptas ao contato
o que se lê
é a própria impressão de dados do tatos
e a certeza do que passou ali
a impressão digital é a própria rubrica
deixada pela mão nas paragens das andanças
um corpo sem a rubrica da mão
é um corpo hospitalizado.
CANTEIRO
a gente apanha
uma dália um resfriado
em casa a gente dorme no feriado
no quintal da casa
a gente colhe uma penca
de manga sabina
uma pena de pavão
para se livrar das encrencas
ou a Estrela de Belém
se o Natal já evém
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2 comentários:
salve o novo poeta !!! bem vindo.
Paulo Cecilio.
Os poetas ainda hão dde tecer um mundo cheio de paz, ternura e acolhimento... Assim, os vejo Paulo... Parindo um mundo de paz e solidariedade, vida-alegria... compaixãoe poesia.
abraços, Jorge
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