UM PÁSSARO NO NINHO DA POESIA
Jorge Bichuetti
Calmamente, a porta se abriu...
Olhei, perto e longe: nada.
Só a rua descalça...
Só a fuligem das fabricas...
Só o lixo
da modernidade...
Bruscamente, a porta fechou-se.
Morri e renasci no infinito;
estava, agora, de novo, eu...
Desnudo e sonhador;
um pássaro no ninho da poesia...
ESTES MEUS VERSOS
Jorge Bichuetti
Meus versos nascem relva,
verdejante esperança
entre as gotas do orvalho
e o suor do caminho
percorrido pelas rimas...
Que foram e não voltaram;
ficaram, uma a uma,
nas curavas e esquina,
ali mesmo onde, um dia,
eu também deixei
canetas e papéis...
E, assim, hoje
terço meus versos
na mi'a própria pele:
ora, desenhando-os
co'as pétalas das flores andarilhas;
ora, me cortando
co'os cacos dos meus sonhos
que o tempo despedaçou...
AVENTURA POÉTICA
Jorge Bichuetti
Teço com cacos de sonhos
e pétalas caídas no chão,
um novo caminho, um sol
de compaixão...
E se , um dia, o se sol se pagar,
ainda assim escreverei meus versos
com o lune das velas
que cairam dos altares
quando os deuses
enluarados
abominaram a srena quietude
e se pusseram a bailar...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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4 comentários:
Que os sonhos continuem, mesmo despedaçados, escrevendo palavras poeticas e que as petalas caídas no chão aromatizem caminhos e façam renascer sentimentos, pois mesmo que o sol se apague a chama da palavra permanecerá alimentando o poema.
Parabéns poeta, ilumina os nossos dias!
abraço
oa.s
OA.S - por momento fiquei desejando censurar estas poesias... meio confusas; mas ouvindo-a , vejo que elas podem passar a ideia de se reinventar sonhos e caminhos das cinzas que ficarão do ontem, mas revigoradas são centelhas de vida, novamente... Abs ternos, jorge
Amanheci aqui entre os teus versos que deixara abertos a noite, dormiram velando o meu quintal e a lua e agora são como um sol que entra e ilumina meu interior... Adorei, as pétalas caídas, que são como os cacos de sonhos... porque uma rosa é um sonho tb, e essa rua descalça me convidou a voar... Sabes Jorge, por vezes, muitas vezes, a tua alma vai inteira num só verso, estes de hoje são verdadeiras asas com as que eu agora estou a voar e a celebrar que está aí, abraços com todo o meu carinho, Concha já no amanhecer
Concha: meu sono me traiu e só, agora, 5:00, começo meu trabalho... Ireo voar... lentamente para que não percamos o brilho da vida. A poesia é pra mim um castelo medieval, uma floresta e uma nave aquaroiana. Abraços ternos... com carinho, jorge
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