quarta-feira, 2 de março de 2011

DIÁRIO DE BORDO: COM AÇÚCAR, COM AFETO...

                                                                     Jorge Bichuetti

Madrugada... A chuva se foi... Contudo, nem o sol, nem os pássaros chegaram.
Não sei o que pensar... Talvez, a chuva volte e já está no ar e eu, homem de palavras e da cidade, não sei ler nas entrelinhas da natureza...
Pode ser que sejam apenas passarinhos já tão brasileiros que sabem recitar: hora dançar, dançar, hora de amar, amar... hora de brincar, brincar... hora de de trabalhar? descansar, pois ninguém é de ferro.
A Lua anda nos meus passos, companheira e cúmplice. Ri nos meus risos e chora no meu pranto.
Ontem, falávamos de que amizade é cumplicidade, doação, partilha, compreensão, ternura e amor.
Diante das dores, é luta...
Mirando o horizonte do amanhã, é esperança e sonho.
Não existe amizade, longe do encargo e do compromisso.
O resto é balbúrdia de mesa de bar ou tricotagem nos falatórios das esquinas.
Cultivamos nossas amizades com açúcar e com afeto?...
Tendemos a gastar nossas energias e tempo, criatividade e investimentos nos amores que nos desfiam... amores inconstantes, fugidios; amores que nos deixam inseguros e ciumentos, com interesses de posse e com um terrível medo da perda.
São os amores que florescem nos territórios da paixão. Das paixões tristes que nos fragilizam e nos deixam decompostos.
Amor, amor não conhece a perda... Pois como nos diz, o intérprete das vozes da vida-natureza-e-povo das Geraes, Guimarães Rosa: Saudade é ser, depois de ter... O amor nunca acaba; a paixão passa...
A paixão é fogo, se consome e nos consome...
O amor é é céu, se expande e nos expande...
Crescemos e nos libertamos com o amor.
Somos prisioneiros das paixões volúveis e tristes.
E a amizade é o amor na sua expressão liberta e alada.
Jesus, o sábio nazareno, quando quis revelar a grandeza do seu amor pelos que lhe seguiam, disse: A vós,, porém, chamareis de amigos...
Deleuze, combatendo as ideias de sectarismo e guetos fechados, deixou-nos como convite audacioso que nos tornássemos uma Sociedade de Amigos.
A amizade é companhia na solidão... Parceria nas construções... Ombro e colo nas desventuras e quedas, derrotas e angústias desesperadoras... É riso multiplicado, pranto compartilhado...  Uma mão estendida, uma palavra sincera... Uma presença onde se faz presente a própria força da vida.
Quem cultiva amigos mantém no quintal do coração um jardim de rosas e uma multidão de passarinhos, cantantes e voadores...
Amigo é... um sol nos dias nublados... e um chão de estrelas nas noites de escuridão.
Quem sabe viver os guarda... do lado esquerdo do peito...


















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2 comentários:

santuzza disse...

Jorge seu blogger anterior foi todo ou quase todo copiado por mim a mão porque pareceu a mim endereçado. E AGORA ESSE é voce para mim: < AMIGO É UM SOL NOS DIAS NUBLADOS E, UM CHÃO DE ESTRELAS NAS NOITES DE ESCURIDÃO>Obrigada por ser assim meu amigo abraços sua sempre Santuzza

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Santuzza, eu é que agradeço pela luz que você traz na palavra, no sorriso e no olhar... Notícias do céu, um convite para ser na serenidade e com Deus sempre andar. Obrigado, minha amiga,
Abraços com ternura, Jorge