sábado, 5 de março de 2011

MESTRES DO CAMINHO: ELAS, BRILHANTEMENTE, MULHERES... ( 14 )

                         A LUA E AS MULHERES
                                                    Jorge Bichuetti

A lua encanta e seduz, fascina
iluminando o caminho e os sonhos...
No céu reina soberana, sua magia
cria no mundo os ardores da paixão.
Na terra, a lua se multiplica e se torna
uma lua singular que brillha e dá vida
no coração de cada mulher...


dia 8 de março: dia da mulher... escreva, converse... grite: diga não à violencia e combate decisivo todoa discriminação... liberdade e paz, alegria e amor....

                                    LYA LUFT
     REFLEXÕES:

- Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização
 
- Perder, dói! Não adianta dizer NÃO SOFRA, NÃO CHORE; só não podemos ficar parados no tempo chorando nossa dor diante das nossas percas.
- ... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor.

-  Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.

- Se não conheço os mapas,
escolho o imprevisto:
qualquer sinal é um bom presságio.

- A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério.
- Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega.

- Apesar das minhas fragilidades, avanço.

- Pois viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar - transformar-se.

- Voz que nunca desiste, na mais negra das águas da mais longa das noites.
- Eu queria solidão, para não ferir aos outros nem ser machucada.

- Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.

- Meu coração se transforma a cada experiência. Mas ainda palpita, sobressalta e se assusta. Ainda é vulnerável como quando eu tinha dez anos.

- Não dês valor maior ao meu silêncio;
E se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
Teus lábios nos meus para ouvir.

- A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura. 



                                     Canção das mulheres
                                                                                    Lya Luft

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

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