OCULTA-MENTE...
Jorge Bichuetti
Esta chuva cantarola
uma canção de ninar;
porém, acordado, escuto
minha alma ruminar...
Cansado, penso, calo,
não há o que dizer;
a noite não esconde
a vida a se viver...
Sou um pobre errante;
da vida , um retirante,
folha solta no vento...
Oculto o meu lamento;
sem outro pensamento,
sigo, assim, demente...
PRETÉRITO IMPERFEITO
Jorge Bichuetti
Uma gota de chuva,
caindo na minha cabeça,
me revela a incerteza
e esta louca tristeza
que nasceu e crescer
no vazio semeado
pelo noso pretérito imperfeito,
conjugando o verbo amar...
ÊTA, SAUDADE!...
Jorge Bichuetti
A chuva não nos separa,
somente anuncia,
nossa louca preguiça
e nossa indolência,
no tecer novos laços;
já que o ontem se foi,
chegou-nos a distância,
uma saudade amuada
num adeus nunca dado...
ADEUS
Jorge Bichuetti
Adeus! Nunca nos vimos, assim,
distantes, corpos ausentes
não acendendo o fogo
no calor da nossa presença...
Adeus! Éramos, já não somos
o amor pleno e intenso,
cheio de vida...
e loucas indecências...
Adeus! A semente não germinou,
os frutos sonhados
as flores sentidas
eram frutos e flores
da magia de uma sedenta ilusão.
quarta-feira, 2 de março de 2011
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