terça-feira, 1 de março de 2011

POESIA: REDEMOINHOS DA VIDA

                  NESTE LEITO, CORRE O RIO DA VIDA...
                                                            Jorge Bichuetti

Cama elevada e móvel.
Branca. Asséptica e fria.
Paredes nuas. Só uma cruz...
Silêncio, gemidos...
A vida não canta,
não abraça, nem consola...
Nenhuma planta,
nenhuma gravura...
Medo. Angústia...
Há no ar redemoinhos;
nele, se perdem nossos sonhos,
nela, se dispersam nossas ilusões...

Um leito de hospital,
um cantinho do mundo:
ali, se reguem sepulcros;
onde devia haver um jardim
de vida e recomeços,
da vida se potencializando,
para uma nova retomada,
energizada e alegre,
pelos embalos do cuidado.

Neste leito, há um rio
que as barreiras da ciência
não permitem seu livre correr...
Se o rio, livre, fluisse,
levaria os lamentos
e os desencantos;
e, a todos, renovaria
com suas folhas e húmus
da vida que se eterniza vida
na arte de cuidar, amar , sonhar
para sempre re-viver...


                               AR, VENTANIA: LIBERTAÇÃO...
                                             Jorge Bichuetti
                                                                ( PARA O MOVIMENTO MASSA CRÍTICA DE POA)

Uma dor e uma agonia,
no asfalto desenhada...
Um monstro pisa na vida
e a deixa despetalada;
flor, resistente, revive
e a vida grita e clama,
a Mãe Gaia advoga:
- Ave, Vida! Indgnai-vos
humana natureza
e preservai a valentia
da minha, nossa Massa Crítica
e seus sonhos de paz, vida-livertação...


                                 MULHER DA RUA...
                                                Jorge Bichuetti

Na rua, segue sorrindo,
a mulher de vida triste;
que labuta na noite
o pão mingüado e vazio.

Ela, de lábios pintados,
salto alto, sensual,
oculta as dores vivdas
e o seu vazio existencial...

Todos a renegam.
Ninguém a vê com doçura;
uns a querem abelhas,
para o mel sugarem
e, depois, as deixarem
sem chão e sem colméia...
Outros, não a enxergam
e ela segue anônima
carregando as desvalias
dos homens que ardem,
smas não sabem na vida
exiistir e amar...


                              ONTEM, ERA O AMOR...
                                                  Jorge Bichuetti

Ontem, era o amor,
a luz no horizonte;
hoej, secou a flor
e o pranto jorrou intenso,
deixando a sensação
de se foram os sonhos.

... No chão, restou os espinhos.

2 comentários:

Samara Dairel Ribeiro disse...

Viagem
Taiguara

Vai, abandona a morte em vida em que hoje estás
Ao lugar onde essa angústia se desfaz
E o veneno e a solidão mudam de cor
Vai indo amor
Vai, recupera a paz perdida e as ilusões,
não espera vir a vida às tuas mãos
Faz em fera a flor ferida e vai lutar
Pro amor voltar
Vai, faz de um corpo de mulher estrada e sol
Te faz amante
Faz meu peito errante
acreditar que amanheceu
Vai, corpo inteiro mergulhar no teu amor
Nesse momento vai ser teu momento
O mundo inteiro vai ser teu, teu, teu.

Vamos... o mundo inteiro será nosso... bjs, samara.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Samara, abraços com carinho, saudadee ternura...
Sempre musicando nossas viagens pelo universo das buscas de alegria e paz.
Necessito do seu telefone... Pois, tenho algo para falar e estou desejoso que seja pessoalmente: é sobre a Univers. Popular, Abraços, Jorge