OS VENTOS DA COMPAIXÃO
Jorge Bichuetti
Era uma pobre folha,
seca, caída no chão...
Ninguém a via, ignorada,
estava relegada à solidão...
triste abandono, árida agonia:
todavia, um força a levou...
bailou, viu o céu, acima do chão;
depois, rodopiou no horizonte...
caindo já pronta para adubar
os sonhos dos celeiros numa nova vida,
ia decompor-se para compor
uma nova sementeira...
feliz se deu ao verdejar do
tempo que a trazia de volta
nos ventos da compaixão...
A MAGIA DA CHUVA
Jorge Bichuetti
Chovia... a ternura da água
regando o chão árido e musicando o silêncio,
acordou seu coração...
Senti sua mão, carinho e carícia;
minha pele, meu corpo, úmido
de sonhos... recebeu o teu amor...
Lá fora, o chão seco e árido,
enchargado pela chuva... acolheu a semente
e brotou... um ramo verdejante
que nasceu frenético,
alucinando na noite
as flores do amanhã...
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
A chuva tem magia, sem dúvida, o cheiro da terra molhada, as gotas prateadas caem em nossa alma escrevendo, muitas vezes poemas nostalgicos.
Parabéns pelas palavras que nos dá.
um abraço
oa.s
OA.S: eu que lhe agradeço seu carinho e estímulo... sigamos com alegria e paz. abs ternos, jorge
Postar um comentário