O dia clareia... A passarada canta... as rosas perfumam... E eu? caminho tentando descobrir a arte de viver a vigília sem perder a capacidade de sonhar...
Lua ressona... Os álamos bailam... Eu penso... Para onde ir?... Caminhar é tecer na encruzilhada a escolha, uma opção... Tecemos no caminho nosso horizonte... Ah! Como o quero azul!!!
Senti saudades... Guimarães Rosa afirma que "saudade é ser; depois de ter"...
Sou caminho e sonho entre pedras que me hipnotizam com a fúria da esperança na teimosia das rosas que nascem no entre...
Entre a palavra e o silêncio...
Entre olhares...
Entre o que é e o porvir que já pulsa com as contrações do parto.
No entre dos nossos encontros, enfeitiçamos e somos enfeitiçados...
Alegria e dor; amor e mágoa; suavidade e dureza...
A vida atiça; mas, somos nós que elegemos o caminho das nossas florações...
É preciso aprender a viver...
Aprender a sustentar a tristeza, longe do desespero autodestruitvo...
Aprender a viver a alegria, longe das banalidades fugazes...
É preciso amar...
O amor é caminho; germinação... alvorecer e estrela bailarina...
Amar é sair de si... do claustro egóico... e desnudar, vivendo o encontro onde estar com o outro é devir-se vida grávida do azul que asserena a imensidão...
Amemos...
" O resto é silêncio"...
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