Queridos Amigos e Amigas:
Os convocamos a participar do IV Congresso a ser realizado
em Uberaba entre os dias 25 a 28 de outubro de 2012.
Já temos transitado três Congressos que foram atravessados e
habitados de modo potente, terno, solidário e consistente por 1500 pessoas
provenientes de vários pontos do Brasil, Uruguai, Argentina e Portugal.
Os intercâmbios políticos-acadêmico, sustentados com rigor
conceitual em tanto decantado de práticas rebeldes e insurgentes, foram traçando
as cartografias dos encontros e interações a través dos que foram se gestando
redes de práxis e dispositivos de enunciação coletivos.
Perante os isolamentos e as dissociações entre saberes,
discursos, sentires e práticas a potencia dos encontros, criados nos
acolhimentos, ternuras e cuidados entre companheiras e companheiros, foi
relançando a natalidade produtiva das lógicas coletivas.
A construção de multiplicidade de tempos e espaços de
trocas, debates, conferências, oficinas, convivências, mesas redondas, rodas de
conversação, sobre nossas inserções diversas nos horizontes da invenção de
vidas não alienadas, nem submetidas as opressões e docilidades adaptacionistas,
pariram os movimentos de dilucidação do que nos implica nas cotidianidades
inquietas: a reforma psiquiátrica, a relevância dos movimentos populares, as
lutas necessárias das chamadas “minorias”, a saúde coletiva, os equipamentos de
formação acadêmica, a transdisciplina, as estéticas da emancipação e a estética
da dominação, as comunicações libertarias e os monopólios dos meios massivos de
comunicação, as micropolíticas das resistências.....
Afirmamos-nos como coletivo que se recusa a reduzir as
dimensões dos sofrimentos aos planos individuais de existência. Compreendemos a
dimensão sócio histórica, política e econômica em tanto fatores determinantes
dos padecimentos muitas vezes silenciados nos conhecimentos e intervenções
disseminados nas nossas vidas como trabalhadores da Saúde e Militantes Sociais.
Não se trata de negar as individuações nem as efetuações dos mal-estares nessa
instancia, antes bem compreender entre os “entrenós” as múltiplas determinações
e a pluralidade fenomênica que intervém nos interjogos entre as quietudes das
Subjetividades homogenizadas e os processos/movimentos de Subjetivação.
Tanto como parir os lugares de crítica e elucidação sobre os
modos de fatalização coletiva: as repressões, as explorações, as dominações, as
exclusões, as violências, a fome, a guerra, a estigmatização, tanto como de
criação dos agenciamentos que nos possibilitem o devir das paixões alegres que emergem
nas lutas pela dignidade, liberdade e afirmação das vidas de todas e
todos.
Paras mais informações consultar nossa página web WWW.fgbbh.org.br na qual se encontraram as informações sobre
nosso IV Congresso
Temáticas propostas para trabalhar os eixos do Evento:
a) Inclusão
Social: reinventando vidas potentes
b) Exclusão
e microfascismo: Sociedade mundial de controle
c) Direitos
Humanos, Saúde mental e Saúde Coletiva: lutas pela igualdade e a dignidade
coletiva.
d) Micropliticas
da resistência: das alienações as práticas libertarias
e) Movimentos
sociais: nos agenciamentos das utopias ativas do socialismo.
f) Das
clínicas da submissão as Klínicas das subjetivações insurgentes
g) Arte
e devir: nomadopraxis e paradigma estético
h) Reforma
psiquiátrica e klínica da psicose: tecendo acolhimento das multiplicidades. A
primavera das diferenças.
i)
Luta antimanicomial: quietudes e inquietudes
j)
A solidão e a geografia do amor na contemporaneidade
k) Dependência
química: dos neo-higenismos as klínicas da alegria e a produção de cidadania.
l)
Crianças e Adolescentes: cartografias, dispositivos e
intervenções
m) Grupos
e instituições: reprodução de subjetividade e processos de subjetivação.
Coletivo Organizador do IV Congresso Internacional de
Esquizoanálise e Esquizodrama
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