quarta-feira, 20 de junho de 2012

POESIA: INDIGNAÇÃO TUPINIQUIN

       OS TAMBORES DO INFINITO
                                    Jorge Bichuetti

O eco dos tambores
pulsam na pele azul do infinito:
estrelas bailam, entre lágrimas,
escutam no lamento da cuíca
os gemidos contidos nas senzalas...


Tambores ruflam... na avenida,
a alegria grita  e a terra treme:
no horizonte, deuses ajoelhados
sangram na lembrança da chibata...

Quilombo, quilombolas... a roda
gira a flor que sonha com liberdade;
enquanto se escuto vindo do infinito
o eco de outros tambores: a vida
no compasso exige o repique da justiça...


                     SONHO TUPINIQUIN
                             Jorge Bichuetti

verdes matas; rio farto...
flores sob a luz do luar...


índios dançam no fogo
que é dor no ventre das
matas... novas matanças,
agora, morte racional que
envenena a pele da vida
no aço das novas senzalas...


nossa mãe... terra gentil,
retalhada sonha entre a 
agonia do fim e a espera
de que se levante rebelde
nosso brasil tupiniquin...



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