Jorge Bichuetti. Médico, Psicoterapeuta. Analista Institucional e esquizoanalista. Diretor Clínico da Fundação Gregorio F. Baremblitti/ Uberaba. Professor do Instituto Felix Guatarri/ BH.
Autor de Lembranças da Loucura, Crisevida e Estrelas Cadentes. Poeta, militante, sonhador...
... Entre amigos, madrigais e a Lua é um nômade caçando o seu devir passarinho.
MARIA LÚCIA GODOY... QUEM SABE!... O LIRISMO É FLOR NUM CANTO...
QUEM SABE: CARLOS GOMES E BITENCOURTT SAMPAIO
2 comentários:
Maria Alice
disse...
Uma das faixas do novo trabalho de Maria Bethânia, diva da vida. Canção do poeta-compositor Paulo César Pinheiro e texto da própria Bethânia. Esta é a primeira vez que ela grava, em disco, um texto de sua própria autoria, narrado por entre os versos da canção.
CARTA DE AMOR Maria Bethânia
Não mexe comigo que eu não ando só Eu não ando só, que eu não ando só Não mexe não
Eu tenho zumbi, besouro o chefe dos tupis Sou tupinambá, tenho Erês, Caboclo boiadeiro Mãos de cura, Morubichabas, cocares, arco-íris Zarabatanas, Curarês, flechas e altares. A velocidade da luz no escuro da mata escura O breu o silêncio a espera. eu tenho Jesus, Maria e José, todos os pajés em minha companhia O menino deus brinca e dorme nos meus sonhos O poeta me contou
Não misturo, não me dobro a rainha do mar Anda de mãos dadas comigo, me ensina o baile Das ondas e canta, canta, canta pra mim, é do Ouro de oxum que é feita a armadura guarda o Meu corpo, garante meu sangue, minha garganta O veneno do mal não acha passagem e em meu Coração Maria ascende sua luz, e me aponta o Caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã, Giro o mundo, viro, reviro tô no reconcavo Tô em face, vôo entre as estrelas, brinco de Ser uma traço o cruzeiro do sul, com a tocha Da fogueira de João menino, rezo com as três Marias, vou além me recolho no esplendor das Nebulosas descanso nos vales, montanhas, durmo Na forja de Ogum, mergulho no calor da lava Dos vulcões, corpo vivo de xangô
Não ando no breu nem ando na treva Não ando no breu nem ando na treva É por onde eu vou que o santo me leva É por onde eu vou que o santo me leva
Medo não me alcança, no deserto me acho, faço Cobra morder o rabo, escorpião vira pirilampo Meus pés recebem bálsamos, unguento suave das Mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no Oásis de Bethânia. Pensou que eu ando só, atente ao tempo num Começa nem termina, é nunca é sempre, é tempo De reparar na balança de nobre cobre que o rei Equilibra, fulmina o injusto, deixa nua a justiça
Eu não provo do teu féu, eu não piso no teu chão E pra onde você for não leva o meu nome não
E pra onde você for não leva o meu nome não Onde vai valente? você secô seus olhos insones Secaram, não vêêm brotar a relva que cresce livre E verde, longe da tua cegueira. seus ouvidos se Fecharam à qualquer música, qualquer som, nem o Bem nem o mal, pensam em ti, ninguém te escolhe Você pisa na terra mas não sente apenas pisa, Apenas vaga sobre o planeta, já nem ouve as Teclas do teu piano, você está tão mirrado que Nem o diabo te ambiciona, não tem alma você é O oco, do oco, do oco, do sem fim do mundo.
O que é teu já tá guardado Não sou eu que vou lhe dar, Não sou eu que vou lhe dar, Não sou eu que vou lhe dar
Eu posso engolir você só pra cuspir depois, Minha forma é matéria que você não alcança Desde o leite do peito de minha mãe, até o sem Fim dos versos, versos, versos, que brota do Poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita Na palma da inspiração de Caymmi, se choro, quando Choro e minha lágrima cai é pra regar o capim que Alimenta a vida, chorando eu refaço as nascentes Que você secou. Se desejo o meu desejo faz subir marés de sal e Sortilégio, vivo de cara pra o vento na chuva e Quero me molhar. o terço de Fátima e o cordão de Gandhi, cruzam o meu peito. Sou como a haste fina que qualquer brisa verga Mas, nenhuma espada corta
Não mexe comigo que eu não ando só Eu não ando só, que eu não ando só Não mexe comigo
Dr. Jorge, delicie-se com este mimo, escrito pela sua madrinha "Maria Bethânia"! Lindo demais. Quando ouvi, lembrei-me na hora do seu afilhado! Carinhoso abraço e beijos na Lua. maria Alice
2 comentários:
Uma das faixas do novo trabalho de Maria Bethânia, diva da vida.
Canção do poeta-compositor Paulo César Pinheiro e texto da própria Bethânia.
Esta é a primeira vez que ela grava, em disco, um texto de sua própria autoria, narrado por entre os versos da canção.
CARTA DE AMOR
Maria Bethânia
Não mexe comigo que eu não ando só
Eu não ando só, que eu não ando só
Não mexe não
Eu tenho zumbi, besouro o chefe dos tupis
Sou tupinambá, tenho Erês, Caboclo boiadeiro
Mãos de cura, Morubichabas, cocares, arco-íris
Zarabatanas, Curarês, flechas e altares.
A velocidade da luz no escuro da mata escura
O breu o silêncio a espera. eu tenho Jesus,
Maria e José, todos os pajés em minha companhia
O menino deus brinca e dorme nos meus sonhos
O poeta me contou
Não misturo, não me dobro a rainha do mar
Anda de mãos dadas comigo, me ensina o baile
Das ondas e canta, canta, canta pra mim, é do
Ouro de oxum que é feita a armadura guarda o
Meu corpo, garante meu sangue, minha garganta
O veneno do mal não acha passagem e em meu
Coração Maria ascende sua luz, e me aponta o Caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã,
Giro o mundo, viro, reviro tô no reconcavo
Tô em face, vôo entre as estrelas, brinco de
Ser uma traço o cruzeiro do sul, com a tocha
Da fogueira de João menino, rezo com as três
Marias, vou além me recolho no esplendor das
Nebulosas descanso nos vales, montanhas, durmo
Na forja de Ogum, mergulho no calor da lava
Dos vulcões, corpo vivo de xangô
Não ando no breu nem ando na treva
Não ando no breu nem ando na treva
É por onde eu vou que o santo me leva
É por onde eu vou que o santo me leva
Medo não me alcança, no deserto me acho, faço
Cobra morder o rabo, escorpião vira pirilampo
Meus pés recebem bálsamos, unguento suave das
Mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no
Oásis de Bethânia.
Pensou que eu ando só, atente ao tempo num
Começa nem termina, é nunca é sempre, é tempo
De reparar na balança de nobre cobre que o rei
Equilibra, fulmina o injusto, deixa nua a justiça
Eu não provo do teu féu, eu não piso no teu chão
E pra onde você for não leva o meu nome não
E pra onde você for não leva o meu nome não
Onde vai valente? você secô seus olhos insones
Secaram, não vêêm brotar a relva que cresce livre
E verde, longe da tua cegueira. seus ouvidos se
Fecharam à qualquer música, qualquer som, nem o
Bem nem o mal, pensam em ti, ninguém te escolhe
Você pisa na terra mas não sente apenas pisa,
Apenas vaga sobre o planeta, já nem ouve as
Teclas do teu piano, você está tão mirrado que
Nem o diabo te ambiciona, não tem alma você é
O oco, do oco, do oco, do sem fim do mundo.
O que é teu já tá guardado
Não sou eu que vou lhe dar,
Não sou eu que vou lhe dar,
Não sou eu que vou lhe dar
Eu posso engolir você só pra cuspir depois,
Minha forma é matéria que você não alcança
Desde o leite do peito de minha mãe, até o sem
Fim dos versos, versos, versos, que brota do
Poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita
Na palma da inspiração de Caymmi, se choro, quando
Choro e minha lágrima cai é pra regar o capim que
Alimenta a vida, chorando eu refaço as nascentes
Que você secou.
Se desejo o meu desejo faz subir marés de sal e
Sortilégio, vivo de cara pra o vento na chuva e
Quero me molhar. o terço de Fátima e o cordão de
Gandhi, cruzam o meu peito.
Sou como a haste fina que qualquer brisa verga
Mas, nenhuma espada corta
Não mexe comigo que eu não ando só
Eu não ando só, que eu não ando só
Não mexe comigo
Dr. Jorge, delicie-se com este mimo, escrito pela sua madrinha "Maria Bethânia"!
Lindo demais. Quando ouvi, lembrei-me na hora do seu afilhado!
Carinhoso abraço e beijos na Lua.
maria Alice
Maria Alice, na quietude de um novo dia; escuto sua voz e me reafirmo desejo de viver e sonhar; obrigado pelo seu carinho, jorge
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