ALI
Jorge Bichuetti
Ali: tão longe, tão perto; ali,
fiquei... na magia do teu corpo
que melodia das carícias se fazia flor;
ali, estou, onde a chama do amor
roubou-me a minha humanidade e
me teceu passarinho de voo e canto,
eterno escravo da tua ternura...
Ali, chicoteado pelo tempo...
iludido pelo vento, estou...
sou a infindável espera da flor
que és; mas, que hoje guardas
na aridez do deserto... da solidão;
miragem das desilusões que nublam
a terna primavera que dormita em nossos corações...
TERRA E MAR
Jorge Bichuetti
navegas entre velas e flores;
eu, choro cortando minha pele
com os espinhos ressecados pelo tempo...
os sinos não tocam...a vela apagou-se...
porém, meu coração, átrio que se fez barco, navega...
ele busca a curva oculta do infinito
onde terra e mar se abraçam
e os amores mergulham na suave eternidade
do infinito azul que desconhece o suspiro
dos pontos finais...
terça-feira, 12 de junho de 2012
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