A POEIRA DO MUNDO
Jorge Bichuetti
Lavo a poeira do mundo
no riacho alagado das minhas lágrimas;
mas, não paro... longe, vejo no alto estrelado
o brilho azul das novas manhãs que cantantes chegam,
como se fossem a romaria da alegria
seguindo os tambores penitentes
que rogam compaixão e liberdade...
No alto estrelado, o brilho azul
é seresta e oração; clamor da vida
que nunca desiste... esculpe flores nos espinhos
e canto dos passarinhos decreta a valentia
do tempo que gira, apagando as cinzas do ontem,
só para ver a força terna e serena na alvorada
que é a poesia do infinito na lição do recomeço...
RECOMEÇO
Jorge Bichuetti
Recomeço: entre passarinhos,
canto a alegria do novo dia...
Recomeço; porém, sempre levo comigo
guardado no coração... para as horas escuras e tristes,
a vida que roubei na magia da Lua
que sabe transformar a escuridão da noite,
nela, fazendo-se um brejeira vela, magia que asserena
os estertores do meu coração...
quinta-feira, 14 de junho de 2012
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