SILÊNCIO
Jorge Bichuetti
Nenhuma voz, nem grito;
não escuto a canção do vento.
nem ouço meu sibilante coração...
Mergulhado neste profundo silêncio,
a vida passa e nada noto,
ela voa e não vejo as nuvens;
sinto somente na pele
as marcas do tempo
e desnudo, percebo o horizonte:
o azul não precisa de palavras,
ele é... o infinito que, no silêncio,
canta... com risos e prantos,
semeando mudas e sementes
que me inunda de alegria ao ver-me,
simplesmente, ponto faíscante no espaço sem fim;
uma pequenez embriagada pelos eflúvios da imensidão.
No silêncio, eu não sou;
mas, caminho estando entre a chegda e a partida,
entre a claridade e a escuridão...
Nele, eu sou um vagalume no meio da
ciranda dos deuses, um cisco no útero sideral:
eu sou u'a flor na janela da vida,
esperando escutar a derradeira seresta.
para seguir além sendo tão-somente
o bailado da folha seca que aduba o solo,
refazendo a roda-viva da procriação...
"VIVER É MORRER NO IMPÉRIO DO EU; PARA RENASCER NO NÓS DAS FLORADAS DDO ALVORECER"
quarta-feira, 27 de junho de 2012
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