Jorge Bichuetti
Com lágrimas nos olhos nada vejo;
cego... no meio da escuridão, só
escuto as canções que nascem do meu pranto...
Nostálgico, tento rever na memória
o brilho das estrelas, das que clareiam a noite...
das que acolhem o dia...
Nada vejo. Pobre humanidade!!!
Não sabemos que as estrelas voam,
bailam, abraçam, acariciam... elas estão
no caminho... e na hora do pranto,
somente não as vemos, por tê-las
refletidas nas águas cristalinas das nossas dores...
e, nelas, somos a lágrima que cai
trazendo em seu o ventre
a amplidão e a beleza do infinito
com um céu estrelado na dança do tempo.
UMA PEDRA...
Jorge Bichuetti
Caí. Tropecei... Chorando, vi
no chão... minhas lágrimas;
nelas, o barquinhao de sonhos
onde navegava no papel
as flores que pouco a pouco
nasciam nas margens do rio
formado pela força do meu pranto...
Caído, vi.... vida entre
pedras e nuvens;
sonhos de primavera
na rosa viva dos amores
que seguem, navegando,
para se darem ao mar
na simplicidade brejeiras
dos imortais barquinhos de papel...
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