O TEMPO
Jorge Bichuetti
O relógio cria horas;
a vida, tempos...
Tempo de semear e colher,
tempo de silêncio e de cantoria,
das flores,
dos frutos,
das águas,
da folia...
Ah! esta vida desalmada,
somente, se negou
a inventar um tempo,
o tempo do esquecimento
dos nossos amores perdidos.
EGITO
Jorge Bichuetti
O céu e o vento do deserto,
dialogando, alegres,
falavam de força e poder;
e se diziam deslumbrados,
pela rebelde liberdade
que extraiu a seiva milenar
das belas, imortais pirâmides,
dando-a, agora, novo rumo,
a força e o poder, extraído,
perambulam, noite e dia,
pois, por ela, o povo foi encantado.
CARNAVAL
Jorge Bichuetti
Máscara desnudando o rosto,
a alegria saltitante no asfalto;
o morro se devem Ipanema
e Ipanema vive a vida do morro.
Carnaval Festa e magia,
sensualidade liberta
nos disfarces da folia...
Samba. Negra virtude,
uma poesia popular;
todos numa mesma orgia,
na dança e no sonho de amar...
E tanto é a felicidade
que todos esperam a coragem
de quem possa, as cinzas, soprar...
AMOR SEM FIM
Jorge Bichuetti
Nosso amor imperfeito
continua fogo e paixão,
não perece nas desilusões;
persiste amor encantado,
entre encontros e desencontros,
prevalece o desejo e o carinho,
nossas dores viram canções...
ASSALTANDO O CÉU
Jorge Bichuetti
Ternamente, me abraças
e sussurras, ao pé do ouvido,
palavras, loucas indecências,
como se fossemos bandidos,
as sugestões ordinárias
são fagulhas incendiárias
que acendem nossos corpos
e, de assalto, tomamos
o céu e roubamos
da árvore proibida
os frutos da alegria...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
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