Jorge Bichuetti
Assim, caminha a humanidade...
Buscamos viver e sobreviver; almejamos a felicidade.
No entanto, já vai longe o tempo que se podia dizer com firmeza e segurança, qual era a fonte e onde morava a nossa felicidade.
Senão, vejamos...
Engels, na direção dos estudos efetuados com Marx, aprofundou a tese de que o homem, a natureza e humanidade, se movimentam determinados pelo universo do trabalho.
O trabalho, então, é o ato de transformação da natureza pelo homem; processo no qual, ele, igualmente, se transforma e conforma as mudanças na sociedade e na história.
O macaco se fez homem pelas determinações metamorfoseantes do trabalho.
E seria o trabalho, suas relações homem e natureza, homens e outros homens, que modificando-se num processo crescente de alienação e desvalia que explicaria a vida no presente e as possibilidades do futuro.
Bachelard, o epistemólogo da filosofia do não, influenciado pelo sua paixão pela psicanálise, diz que a matriz das mmudanças se localizam nos desejos e nos sonhos.
Explica: o homem não enfrentou o mar bravio.pela necessidade material ou pelo determinação econômica, ele desejou... sonhou com a aventura e sonhando os seus desejos, superou o medo e desconhecimento, desbravando os horizontes do oceano.
Duas visões de mundo, dois olhares sobre a história...
O que os esudiosos não esperavam era um terceiro e novo fundamento: o ócio...
Dominique de Mase estuda o papel do ócio na criatividade, e diz que a era da vida sendo criada e modificada pelo trabalho, esgotou-se..
Aponta ele o papel do ócio: um agir não produtivo na sua finalidade, lúdico, um tempo livre ocupado pelo brincar, desfrutar, viajar, voar, pelo descansar do laboral com o corpo livre para as outras áreas da vida suprimidas no mundo e no processo de trabalho...
***
Se nos movemos pela potência, pelo excesso e não pela falta,sim, pela afirmação, divergência e criatividade... penso que se não se introduz um e ( con-junção) , nesta história, o diálogo fica reduzido ao campo das escolhas pessoais e de grupo que se sectarizam como verdades em oposição ao falso e inválido.
Não estaríamos diante de diversos modos de construção de territórios onde a vida pode se afirmar, transformando-se e se re-inventando?
Não seriam estes elementos, apontados, componentes de um rizoma que maquina a vida e é por esta maquinado.
Maquinações produtivas e inventivas...
Teria o paraíso uma única porta e um único caminho?
Vasculhamos várias ideias, pensamentos e conceitos, todos capazes de confluir numa rede onde veremos a vida se transmutando e se inovando na diversidade complexa da própria existência...
Então, mudaríamos a pergunta: como funciona os caminhos da humanidade nos diversos territórios do existir?
E para onde vamos?
Para a destruição final da vida , se não detivermos os caminhos de morte, inscritos pelo homem-humanidade na própria natureza e na própria sociedade.
Cabe a nós redimensionar o curso do destino....
No trabalho, no desejo, no sonho e no ócio... abundam intensidades produtivas e virtualidades de vida e alegria que necessitam da posição de desejo e vontade de potência, para que coletivamente barremos a catástrofe e comecemos um novo tempo de paz, amor, bons encontros e paixões alegres, o novo e o diferente, a vida liberta e libertária, com o signo da solidariedade cunhando no horizonte uma aurora de espelendor, com todos e para todos...
Assim, caminhará a humanidade?...
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
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8 comentários:
Respeitando a opinião de todos, me intrometo mais uma vez, com a devida licença do amigo Jorge e já pedindo desculpas pelos erros que sempre cometo, para tentar dizer alguma coisa sobre a natureza humana e arealidade.
Talvez o que se saiba até sobre nós, seres humanos, ainda esteja longe de podermos definir alguma coisa ou de determinar algum caminho para a humanidade. Existem mais coisas entre o céu e a terra do que imagina a nossa vã filosofia (Shakspeare). Nietzsche compreendeu isso e não se arvorou a apontar caminhos e sim mostrar que poderíamos ser melhores se fôssemos livres. Ele sempre detestou o poder do estado, pois sempre percebeu , que depois que um semelhante nosso cruza as portas do palácio, o poder lhe corrompe e a primeira medida que tomam é acabar com a liberdade e embrenhar na corrupção.
A História confirma isso.
Transmutando o que a História nos tenta mostrar, podemos concluir que as coisas não são complicadas, pois se os governos derem educação decente a todos os cidadãos, não explorarem o povo com impostos altíssimos como neste país e punir os corruptos, o progresso e as injustiças sociais diminuirão consideravelmente. Os países ingleses fazem assim e os asiáticos copiaram depois da segunda guerra e estão com um nível de vida dos melhores.
É uma questão matemática e não sentimental, como vc percebe.
Só para saber, eu sou pobre, não sou empresário agrícola e nem industrial.
Só me interesso que as coisas funcionem e com isso possa haver conforto material para todos. Já, a mente de cada um, é uma questão de instintos pessoais e me acho sem o direito de falar alguma coisa.
Abraços e mais uma vez me desculpe.
obrigado
Caro amigo, é um engano seu, pensar que sempre discordamos. Sim, por exemplo, há dois anos desenvolvi um estudo onde revelava uma alternativa de gerência da vida,libertária, longe dos mandos e desmandos de um estado... que resgatava tres concitos fundamentais: 1. Contrainstituição ( de Bauleo), 2. Dispositivo ( de Foucault) e 3. e implante socialista ( de Machado e Singer)...
São proposas baseadas nos processos, de fato, autogestivos.
Quanto aos valores éticos ( prefiro pensar que eu trabalhe com a construção de um novo paradigma ético e estético ), não valorizo a moral repressiva e coercitiva,nem supressiva... Trabalho com a ideia Nietzscheano, que depois, Foucaul, Deleuze e Guattari, persistiram de criar para si o próprio controle, de dentro para dentro, não de fora para dentro que gera submissão, servidão e homens desumanizados , na seus desejos e potências... Gosto de dialogar com você, embora,não negue minha vinculação hoje , passional, com um ideal de igualdade de vida combinada com a diversidade de desejos e potências... a desigualdade quem condeno é apropriação de uns sobre os bens que são da vida.
Nada é tão claro...
Continuemos dialogando... A divergência, ao contrário da negatividade e da falta, é força ativa e criativa.
Abraços co carinho, jorge
Bravo Jorge! Nesta divergência caminha a humanidade (esta nossa humanidade); de abismo em abismo, num poço sem fin. E cegos demais pra perceber que o abismo é do tamanho de um deus, que nossa fome é fome do divino, da utopia futurista que aquela Ciência sem ego busca, mas que é capturada quando deixada nas honrarias financiadas pelo Estado...
Engels, Marx e tantos outros filósofos-sociais baseavam suas teorias em um planeta que tinha recursos infinitos e abundantes. Porém, deparamos com a escassez, fome, miséria, desigualdade social que gera violência e estresse psicológico... É necessário voluntariarmos para uma nova ordem econômica, livre da economia do sistema financeiro. Re-inventar o teu estado alternativo de gerência de vida e praticar mais deste estilo de vida! Sermos Epicuristas e não Platônicos ou Socráticos.
E viver mais a intensa sinergia que nos interliga ao planeta, à gravidade solar, ao próximo, num abraço singular e singelo, dotado de ternura e amor!
Deste abraço, envio-lhe o meu!
Michel, necessitamos protagonizar a mudança. Sonhar, lutar... E, principalemente, vier... Ir já gestando um modo libertário de vida e de partilha. O sistema gera inibições; os outros que o sustentam, organizações e instituições, também, vamos raspando a malha repressiva e de exploração, e inventando a realteridade: onovo virtual consumando planos de consistências nas linhas da própria vida,
Abraços, Jorge
Olha pessoal, nem tenho paciência mais de debater esses temas. O amigo anônimo vem com a história inteira para cima da conversa. E que história!!! Que seja ao menos uma geohistória. O amigo bota a história numa linha reta, tira dela todo o sangue. Onde estão as batalhas da sua história, meu amigo? Ou a sua história ideal é um campo plácido?
E por que usa o nome de Nietzsche em vão? Misturar Nietzsche com história complica. O amigo fala em Nietzsche e liberdade. Mas que liberdade essa que Nietzsche fala? Nietzsche é um engenheiro termodinâmico. Ele mexe com forças!!!!!!!! Dinamites!!!!!!! O amigo mistura Nietzsche com conforto. Nietzsche combate principalmente a vida confortável!!! Veja o que Nietzsche fala da história. Pesquise isso. Verá que não há nenhum determinismo na história no olhar de Nietzsche. Jamais Nietzsche diria "sempre foi assim e assim será". Jamais. Nietzsche é devir. Eterno Retorno da diferença. Da repetição que traz a diferença. E Nietzsche não detestava tanto assim os soberanos. Depende da nobreza que portam. Nietzsche foi admirador de Napoleão!!! E adorava exaltar sua hereditariedade com nobres soberanos!!!
História mal digerida + frases soltas de Nietzsche + frase do Buda = fim do mundo.
Ninguém mais pode mais tentar nada. Acabou a história. Fim da história. Vamos ficar todos em casa esperando nossos cromossomos evoluírem?????????????? Vamos deixar os robôs fazerem o que temos que fazer?????????????????
E aí que vc quer chegar?
Marta, acabei de postar uma singela lembrança de Milton Santos... e ele me afetou muito: o sonho pode... e os que mudarão são os de baixo.
Com Foucault -Deleuze-Guattari, vejo uma multiplicidades de povos, tribos, grupos, pessoas que se situam debaixo, por uma ou outra questão.
Nietzsche - vê u socius com indignação e rebeldia, clama pela vida que realiza com desejo potente afirmado como força ativa na re-invenção do cainho e da vida.
Ele mesmo diz que seus livros de crise _ humano demasiadamenete humano, ecce Homo e aurora; traduziam seu olhar e pensar na fertilidade de um crise-abismo... Adovoga que os acorrentados irão usar da força acumulada ali na dor paara o grande livramento:revolução.
A história anda... Houve um debate sobre a nova era e Baremblitt junto com Arduini, checaram Weil, o da Universidade da Paz, e lhe dizeram que só lhes desencantavam vê-lo pensando sem perceber que tudo se move agenciado por uma
rede de protagonistas...
Abraços, carinhos de uma manhã verdejante na sua alma lorquiana.
Jorge
Há momentos para afagos e momentos para uma conversa mais dura. Há muitos momentos na verdade. Há alguns em que a crueldade criativa é necessária. E o motivo de todas deve ser sempre o amor. O amor é o único sentido nobre do diálogo.
abraço
Marta
Marta, a crueldade e porvindoura se banhada no amor... viva Artuad.
penso que se vamos nos liberando das dominaçõese submissões, o desejo e a agressividade se revelam forças da vida e pela vida.
Abraços, Jorge.
Ps. CsO - pede crueldade e ternura,
um entre Che e Francisco de Assis, o anjinho da natureza.
Beeijos com ternura e amizade, sempre.
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