domingo, 11 de setembro de 2011

AS FISSURAS DA VIDA CONTENPORÂNEA

                                              Jorge Bichuetti

Inegavelmente, voltamos aos tempos da vida pulsando com o desejo e ação dos que já se contentam em ser representados... A multidão nas ruas falam de um momento onde desejam que sua voz e seu olhar sobre o mundo sejam contemplados... O mundo anda indignado, rebelado, com a ousadia de sonhar que a vida pode ser diferente... A liberdade voa e pousa nos sonhos de todos os que gritam não à opressão... A ousadia está nas ruas... e é teimosia de quem crê no alvorecer...
Também, é verdade que os microfascismos cerceiam e mortificam o cotidiano da vida...
É perigoso ser...
Negros, o grupo GLBT, as minorias étnicas... o povo da rua... os miseráveis são brutalmente, e inpunimente, violados do cotidiano da nossa dita vida de cidadania...
A cidadania está no paredão...
De um lado, o consumismo e o individualismo concretizando o ideário do neoliberalismo; do outro, multidões rebelados e os que ainda são seviciados pelas forças fascistas que persistem no microcapilaridade da vida excludente do império.
A globalização ruiu... corroeu-se...
Temos um mundo de exacerbada informação; mas, um mundo de baixa de comunicabilidade, paranóico, um mundo de alerta e vigilância, de violência institucionalizada... um mundo onde a perversão dos direitos hum anos não se estancou... vive hoje na esquina, no beco, na escuridão... Porém,. acumula suas vítimas, desnudando que a inclusão fantasiada na globalização é exclusão dada no corpo a corpo, onde a força brutalizada suprime na criminalidade impune, na loucura do direito e da razão...
Antes, os indesejáveis eram trancafiados, desaparecidos... hoje, são corpos silenciosos e martirizados na penumbra das avenidas...
Urge  retomar a temática dos direitos humanos...
Urge acelerar o processo de criminalização do ódio...
Que sociedade queremos?... Que socius sustentamos?...
A vida é um valor inalienável... inquestionável... E a liberdade  fundamenta um socius de inclusão...
Na quietude dos nossos universos de ilusões, nos sentimos plenos: somos globais... Nem miramos do lado para ver que esta globalidade  acirra os ódios, desagrega as comunidades e fragiliza a vida humana...
Há um pobre esfaqueado na sargeta...
Há um indío queimado na esquina...
Há travestis mortificados pela violência cotidiana...
Há mulheres, há crianças... há direitos violados...
Contudo, o racial, a diversidade sexual, a questão de g\ênero, as etnias... são pautas acadêmicas, alijadas do sangue e das chagas produzidas no dia-a-dia pelos microfascismos que se ergueram nas fissuras da globalização...
Somos globais... no consumo: restrito, alienante, colonizador e dissumulado...
Contudo, a vida sofre martirizada... na guerra, no prenconceito, nos microfascismos que gerenciam a capilaridade de um mundo total, porém, com centros frouxos...
E ali na rua , na prça, na vida... os oprimidos contam com sangue, chagas e suor ácido à que se destina esta nefasta globalização excludente...
Assim, hoje: direitos humanos e o direito à diferença se contrapõem ao mundo do império que paranoico projeta na horizontalidade das vidas  a acumulação preservado na v erticalidade do poder... ainda hoje poder do Capital....
E ainda ainda dor , lamento, indignação e rebeldia insurgente dos despossuídos que nada terndo oudam sonhar com o horizonte azul da solidariedade e da paz...




23, 24 DE 25 de SETEMBRO - III CONGRESSO DE ESQUIZONÁLISE E ESQUIZODRAMA. SAÚDE MENTAL E DIREITOS HUMANOS.... BELO HORIZONTE, MG

8 comentários:

Anônimo disse...

A religião é o principal foco de resistência contra a igualdade e a inclusão e o centro da apologia ao racismo e a homofobia, sobretudo na América do Norte, exportador de idéias para o mundo. Não excluo o Espiritismo. O choque de culturas no século XV entre Europa e África criou ao longo do tempo teorias eugênicas que nenhum cidadão do século XIX deixou de acreditar. Ainda hoje estas idéias são veneradas como corretas em muitos centros cuja raíz cultural é a européia, incluindo o Brasil. Mas hoje se fala em diferenças culturais amalgamando o caráter e não diferenças genéticas. O Brasil é profundamente racista apesar de se alardear o contrário. Veja a reação dos políticos, da classe média paulista e dos meios de comunicação ao presidente operário. Não existe políticas sociais no Brasil, a não ser no papel. É o país do faz de conta. Distribuir o bolsa-família não é ruim, mas educação e saúde, salário-mínimo decente e política de emprego é muito mais digno e justo. Apenas isto bastava. O Espiritsmo nasceu racista e continuou racista, e não excluo Chico Xavier. Emmanuel pouco disse sobre os negros ou sobre racismo, a maior chaga da humanidade. Chico Xavier nunca assumiu sua homossexualidade. Não que deveria, já que é uma questão pessoal. Também pouco se falou sobre o tema homossexualidade e o que se disse mais confundiu que explicou. Uma coisa em comum em todas as religiões: sexo e racismo são temas em que predomina o silêncio, quando não o cinismo ou a omissão. Aí está o meu libelo contra as religiões. Porisso, não acredito que é na religião que a humanidade alcançará a sua redenção. Acredito mais na educação ética, científica e cultural dos povos. Obrigado e abraços.

José Caui disse...

Jorge, encontrei este belo pensamento de Eduardo Galeano: "A pobreza antes era considerada obra de injustiça. O mundo moderno considera a pobreza incapacidade", continuemos a nos indignar com a injustiça. Abraço

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amigo anônimo: temos um caminho ético e caminho que igualmente é de lutas... na realidade, todas as linhas da vida hão de ser potencialidas... Se a realigião, em alguns dos seus campos, marginalizou a realidade social... os que lidaram com o social , muitas vezes, reduziram antropologicamentte o humnao... Busquemos oe es multiplicitários e teceremos redes de vida para a humanidade... Abs ternos, jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Cauí: o Galeano sempre encanta e é vivo - vivacidade madrugadeira.... abs ternos, jorge

Anônimo disse...

Caro amigo Jorge, obrigado pela sua amável resposta. Sei que estou tocando em um assunto que é delicado para alguns. Mas tenho lido seu blog e vejo que tem idéias libertárias e domínio sobre sua própria mente para ouvir e discutir idéias opostas amigavelmente. Penso que um grande erro das religiões é pensar que o caminho deva ser de lutas. Mas, qual lutas? Buscar adeptos, fazer a apologia, apontar os erros das outras religiões com a intençãO DE "roubar" seguidores, criar o climas de confronto, fazer alguma caridade para dar o exemplo? Ou lutas morais... As lutas pessoais dos seguidores de religiões com o fito de se adequar ao códice de conduta da religião a que segue é louvável, desde que a religião seja colocada em seu lugar na sociedade e na vida pessoal do seguidor. Jesus realmente não queria criar uma religião. Digo isto até ao ponto em que consigo entender Jesus em meio ao emaranhado de inserções de textos e interpretações erradas dos discípulos nos Novos Testamentos e livros afins, às vezes sinceras e às vezes criminosas. Certamente Jesus nunca pronunciou a palavra religião, que é do latin. Ele disse que traria a espada, mas porque certamente imaginava que os homens não o compreenderiam. Buda, Sócrates, Jesus, são orientadores, mestres que ensinam. Não são fanáticos religiosos. As pessoas religiosas sem nenhuma exceção são fanáticas, porque acreditam no que não entendem. É o que chamamos de fé. Assim, penso que as religiões dentro da sociedade devem ser consideradas apenas como correntes filosóficas (no campo da metafísica) que contribuem de alguma forma com o desenvolvimento da ética pessoal e social. Todos os esforços são louváveis e são como tijolos no edifício do saber humano. Mas são apenas saberes, saberes que se somam a outros saberes, pedra bruta que deve passar pela mão hábil do escultor. Tal como o lavrador que limpa seu campo e joga os escolhos na lheira, usando as palavras de Jesus. Não se deve confundir o pensamento social com a prática comunista. Ainda não vimos o socialismo, a não ser nos países nórdicos, penso. Este é um assunto que muito devia ser analisado pelas religiosas pessoas de nosso país. Pois, não resta dúvida, somos um país de pessoas religiosas. Contudo, pergunto: porque a corrupção é eticamente admissível? Mas como dizem, religião e futebol não se discutem, e isto tem uma certa razão. Portanto, minha participação neste amável fórum fica por aqui. Creio que deixei a bases do que penso bem expressadas. Participarei quando me sentir tentado a isto, se me permitir. Obrigado e abraços.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Caro amigo, suas reflexões são caminhos que situam as perversões concretas do religioso: seitas auto-afimativas, normatizações castradoras e totalitarismo existencial... a religião é vida , se liberdade e chamado ao amor... num socius concreto que necessita ser transformado... Tudo o que deixaste de contribuição me parece valioso e pertinente... Um deus ou deuses desumanizantes e mistificadores são ilusões que criam abismos de conformismo onipootente... meu carinhoso abraço, jorge

Anônimo disse...

Anonima disse,
Eu acho que Allan Kardec nos deu maais sabedoria que Jesus Cristo.
Isso porque os terráqueos não tinham capacidade de entendimento na época de Cristo. Assim como agora ainda temos muito que aprender.O planeta Terra é um degrau.Existem outros. E não há escada rolante.Mas temos espíritos evoluidos para nos ajudar.Chico Xavier psicografou um livro sobre sexo.Outra coisa que está complicando é a evolução da tecnologia.
Quanto a Bíblia consta que começou a ser escrita (DC) 200 anos depois de Cristo.Haja memória.
Quanto a homossexualidade fico pasma quanto ciência que não "explica" biologicamente.Existem pessoas maravilhosas nessa área.E as mulheres até sofrem. Abraços Anonima

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amiga, vejo em Chico um grande farol da ternura e do amor... e creio na liberdade e na beleza da vida não repressiva, como penso toda exclusão como negação da vida e do amor... Abraços ternos