A vida é uma teia de caminhos e sonhos, enovelada, só é tecida como horizonte de paz e libertação, quando a arquitemo-la, movidos por mapeamento ético, de ternura e solidariedade, de justiça social e direitos humanos... e, então, a tecemos com as agulhas do engajamento e da luta... na engenhoca das nossas opções.
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Só é livre quem desenvolve no caminhar um permanente trabalho de cuidar de si...
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Há muitas rebeldias: há rebeldias nas quais assumimos a vida e conduzimos, transformando-a; há rebeldias que simplesmente embaralham nossa existência, sendo, na realidade, um pedido inconsciente para alguém tome as rédeas da nossa vida. Há rebeldias libertárias e outras que são, tão-somente, um desejo de nunca conquistar a nossa própria autonomia...
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A paixão nunca é causa de morte, ela é matriz de vida... Os crimes passionais e as automutilações oriundas das desilusões amorosas nascem do nosso narcisismo e da nossa onipotência... A vida é movimento; u'a paixão infeliz para quem aceita que o existir compõe-se de vitórias e derrotas, encontros e desencontros... é dor passageira que nos amadurece para , movendo-nos no caminho, conquistar um novo amor na intensidade da ternura que flui nos frutos amadurecidos pelo ir e vir das estações...
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Não há paz, longe da compaixão e da compreensão... Podemos e muito lucramos com a paciência e a tolerâncias nas construções da nossa vida individual; porém, nunca esqueçamos que em se tratando da paz social a vida não nos ortogou o direito de negociar as lágrimas, as feridas e as mortes do povo oprimido e excluído... A paz social nasce no caminho das lutas ... é fruto adubado na indignação e fertilizado pela utopia que nos induz a não ser conivente com o martírio do nosso povo, nossa gente...
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