POESIA: O LEVE VOO DA TERNURA...

                     VOAR NO AZUL...
                                Jorge Bichuetti

No chão, entre espinhos curvo-me
e, de mão feridas, carrego u'a flor...

Voando no horizonte azul, estrelas
fecundam mi'a alma e leve, surfo,


ondeando as curvas de cinzentas nuvens...
No céu, troco meu casulo por asas enluaradas
e teço um caminho enternecido
no milenar brilho das estrelas...


Assim, nunca sei: se voo
nos braços de Deus
ou se caminho nos becos do infinito,
guiado pela ternura de u'a estrela-mãe...

                           ENCRUZILHADA
                              Jorge Bichuetti 


Nas tormentas diárias 
do existir,
nunca me perco... 
sigo nas trilhas
floridas pelo brilho, 
terno e singelo,
que, na solidão da noite, 
u'a estrela
ali se semeou 
vida de alegria e poesia,
vida na suavidade de ser
um silvestre bailado
entre as flores amarelas,
dádivas do vento,
e a doçura 
dos frutos do cerrado,
germes maduros do tempo,
que dulcificam a ternidade...

                       RESILIÊNCIA TERNA
                                Jorge Bichuetti

teu adeus traça 
feridas
chagas
lágrimas...
mas, no amor
que azula o céu,
eu me refaço:
renasço
ternura e fé
no caminho
no ninho
no nicho...
aquie ali,
em todo lugar,
serei a flor
da saudade
e o brilho
da estrelas...
no deserto, meu amor 
não fenece,
enternece
sombra, oásis...

DIA 23, 24 E 25 DE SETERMBRO DE 2011 - BELO HORIZONTE , MG, BRASIL.


III CONGRESSO DE ESQUIZOANÁLISE E ESQUIZODRAMA. SAÚDE MENTAL E DIREITOS HUMANOS
                                          
  ESPAÇO DO DEVIR; VOOS NO PORVIR...