CRIAR
Paulo Cecílio
Criar é navegar,
é velejar antes do mar.
Criar é fazer bolo,
confeitos sem receita
arranjos de aniversário
dos anjos, dos filhos.
dos netos dos netos...
Criar é medir quinas, esquinas,
das cidades que germinarão,
sem luz, em plena noite.
em calabouço gelado,
materializar girassóis,
tecer colméias, tirar mel,
explorar caminhos dourados,
levitar em jardins suspensos..
. (H)a paz na vida
Anne M. Moor
a caminhada traçando vias e desvios
tropeços e voos, dores e alegrias
contradições a povoarem o redemoinho de ser
criatura em ebulição a procurar
embarcadouro no deslizar por caminhos
as vezes misteriosos mas tão deliciosos
uma bússola a nos levar no furacão de estar
consequências trazem uma paz
de vida ganha
de amor construído
no serenar de uma vida
DO BLOG : http://anne-lifeliving.blogspot.com
Restos de Madrugada
Josiana de Souza
Arranquei-lhe o véu intransponível do prazer,
E borrei-lhe com o turvo amadurecer
O calvário doce do gradativo falecer.
Não lhe apontei o atalho para o amor!
Apenas fui caminho alegórico enquanto tu andavas,
Em tua distração mister de louvor!
O tênue signo que o suor fende em teu corpo,
Dilacera minha epiderme entorpecida
Aos cântigos lúbricos e enfermos de seu toque.
Quem dera eu....
Fungar-lhe o peito todo.
E na alquimia de teu sexo,
Milhões de poesias compor!
DO BLOG: http://josianeorlando.blogspot.com
6 comentários:
Lindos todos! Obrigada Jorge...
beijão
Anne
ANNE, ONTEM A NOITE RE-LI, RELI SEU POEMA ESTAVA VINDO DE ALGUMAS TRISTEZAS E A VI SERENA GOVERNADO A VIDA PELOS CAMINHOS QUE SEGUEM AS FOLHAS, PULSAM E BORBOLETEAM NO AR COM O VENTO, NA MUSICALIDADE DA SERENA PAZ DE QUEM JÁ SABE VIVER.
ABRAÇOS, MINHA GRANDE POETIZA, BEIJOS, jORGE
Jorge querido, creio que devamos, eu e tu, selecionar para os nossos blogs [eu sei que é bastante difícil de se encontrar na internet]fotos mais reais, menos photoshopadas, com pessoas menos saradas e menos bombadas, com pessoas comuns, gordinhos e gordinhas, de todas as cores de pele, sem bronzeamentos artificiais, de todas as classes sociais, se abraçando, se beijando, se amando, também espaços alternativos, subúrbio e periferia das grandes cidades para que as pessoas se sintam representadas ali porque, caso contrário, acabaremos sempre reproduzindo o protótipo burguês de comportamento, a maldita estética fascista imposta pela sociedade ocidental, modelos muito difíceis de serem alcançados pela maioria da população e que engendram sofrimento psíquico e muitas vezes até doenças, tipo: "anorexia, bulimia,ansiedade, transtornos fóbicos, depressão, vigorexia", entre outras que tão bem conheces. Creio que assim façamos melhor a nossa parte, evitando contradições entre o que foi escrito e o que foi visualizado.Beijos.
Tânia, concordo perfeitamente; porém, tenho tido muita dificuldade, pois, apesar de ter ganho uma arquivo imenso de fotos, são fotos que deste que meu computador foi para revisão não consigo acessá-las... Outro problema se dá com as fotos de elevado peso, me travam as postagens, então, acabo trabalhando com um universo muito pequeno do google... Meu blog só dá alternativa: google, próprio blog ou fotos do álbum picassa que não consegui quem me ajudasse a desvendar o que isso...
Agora, creio que tens toda razão, fica um universo mitificado no burguês...
Longe, do que parece encantador que criação de um nvo paradigma ético e estético...
Abraços com ternura e carinho imenso, Jorge
Com certeza, tentarei capturar imagens mais comuns e cheias de graça para os meus blogs. Sei que cairei talvez na vida pessoal de alguém, aí poderá gerar aquela questão de autorização, pois a mídia toda esconde os gordinhos, a mídia toda nunca dará espaço para outro padrão de beleza, enquanto existir o capitalismo. Sei que as imagens são excitantes, mas não percentem ao mundo real, somente à sociedade do espetáculo. Já assististe ao filme "Uma questão de imagem"? Bem legal. Beijossss
Tânia, não percebo assim, se temos um arquivo, e este arquivo é, me parece, viável tecnamente... Ahí, sim, poderemos todos trabalhar com uma nova perspectiva, pois não penso em admitir a exposição dos oprimidos como " novos bufões"... Sinto que sentimos o mesmo, que a questão é como dar visibilidade a uma nova estética que já não seja destruida por a alocarmos no menos.. Ela é linda!...
Abraços, com imenso cainho e desejos de poder discutir esta questão noite adendro;
Beijos, Jorge
Postar um comentário