Jorge Bichuetti
Numa mangueira, cresci...
Na Mangueira, nasci...
Cresci, de galho em galho;
comendo os frutos,
verdemente, seduzidos...
Ia descobrindo novos caminhos,
vendo na sombras
a vida, ali, refletida...
Nasci, verde e rosa,
com os compassos da alegria;
quando aprendi ver a vida
florindo na avenida...
Assim, vi os frutos
doces, encantos da folia....
Uma serenata de amor...
Uma roseira em flor...
A vida nos fascina,
se a vivemos na magia
da alegria renascendo
com o sol, um novo dia...
ALEGRIA
Jorge Bichuetti
Meu primeiro carnaval,
com perfumes proibidos,
ficou na lembrança
das alegrias nunca esquecidas...Era pura energia,
juventude e prazer,
a vida tão criança
e eu descobrindo outras vidas,
loucuras do existir...
As luzes dos salões
se apagaram com o tempo;
ficou o sonho e a alegria,
e a sublime lição:
toda vida é encanto,
onde canta o coração...
AMOR DE CARNAVAL
Jorge Bichuetti
Chuva de verão,
amor de carnaval...
alegria fugaz, passa
É estrela cadente,
um fantasma demente,
uma indomável ilusão...
Não nego o seu vigor,
nem limito seu valor:
o corpo desvenda caminhos,
a alma voa e se aninha,
experimenta prazeres,
longe, dos jugos da razão...
PECADOS BANAIS
Jorge Bichuetti
Não condenes, nem evites
a vida, sem culpa ou regras,
das noites dionísicas,
dos amores ensandecidos,
dos frutos proibidos,
das paixões sensuais,dos voos da liberdade...
Tudo é festa, nesta dança,
não há porque vigilância,
ou medo da errância,
se é só a alegria,
com seus pecados banais...
ALEGRAR-SE
Jorge Bichuetti
Vida. Viagem, caminhos, lutas e sonhos,
um mergulho da existência na loucura do amor...
Não há rumo certo, farol ou uma soberana proteção;
na vida; experimentamos nossa capacidade de ser
um errante alegrar-se na magia do viver...
2 comentários:
Pecados banais...lindíssimo poema. Agenciou diretamente comigo, com a maneira que eu penso. Beijos
Tânia, a poesia é canal encantador de diálogo com a vida... Conseguimos ver e pensar mais livres. Libertos dos pre-conceitos e do album de conceitos que conservamos como limites do nosso existir.Dá asas... Abraços, com a ternura remoçada e o carinho de sempre, Jorge
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