sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

POESIA: PAIXÃO, DEVIRES E DESENCONTROS...

                             ENTRE A LUA E O LUAR
                                                              Jorge Bichuetti

A Lua encanta
minha vida;
a lua do céu,
a todos...
Uma é a amizade;
a outra, a magia
e a poesia da noite
das paixões clandestinas
e dos amores sonhados
entre a flor do desejo
e os delírios
que moram e brilham
nos encantos do luar.


                   UTOPIA AMOROSA
                                             Jorge Bichuetti

Pés se acariciando no amanhcer...
Uma flor num dia qualquer...
E um jeitinho carinhoso de dizer não...

       
                             VATICÍNIOS FATAIS
                                            Jorge Bichuetti

Robôs humanos vomitando teorias...
Tendões de aço, músculos de academia,
uma elegância cronometrada
e uma total ausência de ternura....

Um baton vermelho muda a vida,
porém, uma estrela cadente trai o destino;
todo amor é passível de ser encantado,
nenhum amor salva uma escolha errada...

Assim, sendo entre a estampa e o brilho
há uma distância, totalmente, similar
à distância entre uma estrela cintilante
e uma figurante bolha de sabâo...


                            FALÊNCIA
                                             Jorge Bichuetti

Um livro encanta
se lendo-o. desejamos
outro...

Um amor é falência,
se vivido, assassina
o desejo de amar...


                               DESENCONTRO
                                                  Jorge Bichuetti

Silencioso adeus.
Nada. Nenhuma palavra...
Gastamos o dicionário,
rasgamos belas filosofias,
e queimamos as poesias,
num dia-a-dia banal...

Amor. Nasce, cresce... e morre.
Morte lenta e anémica...
Esquecemos a fogueira,
economizamos carícias,
desnudamos nossos disfarses:
era de valsa nosso carnaval.

Assim, chegamos ao fim...
Sem lágrimas de despida,
sem a saudade da partida,
sem desejar o último beijo...
Assim, cada um num canto
vazio, sem nada para recordar...


                             DEVIR ANIMAL E PAIXÃO
                                       Jorge Bichuetti

Dois corpos. Sintonia visceral.
A pele, um abismo;
puro absinto,
doçura salgada,
toda desenhada
pelas mãos bailarinas
que com voraz ternura
despertam o animal...

Dois corações pulsantes
na selvagem bricolagem
dos fluxos sensuais...
Ali, os beijos em baralham
paixão
carinho
desejo,
um felino encontro
de grunhidos musicais...

Um devir animal,
uma pureza carnal,
leonasmo do amor,
parindo vida bela
entre o pássaro e a flor...

6 comentários:

Tânia Marques disse...

Permites que eu leve esse post para o meu blog Degrau Cultural? Beijos.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia com imensa alegria, semre que queira pode levar... irei ver seus blogs , agora, pois, cheguei querendo vida e reflexões... Trabalhei exaustivamente, e isso me deixa mais desperto. O cansaço nunca vem, depois de um trabalho rico e belo,
Abraços, com carinho e imensa ternura, Jorge

Tânia Marques disse...

Obrigada! Já estou levando para o Degrau. Beijo grande, do tamanho das estrelas!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia, me alegro de estar aí pertinho de torres, que sempre me falaram, vi fotos e não conheci: me recorda Nelson Coelho e Nei Lisbos... Não sei por que ?
abraços, Jorge

Tânia Marques disse...

Jorge entra no site, quando puderes, para veres os teus textos publicados. Obrigada, querido! Beijo em teu coração.
www.degraucultural.blogspot.com

Se tiveres um tempinho visita ainda um outro blog meu (rsrsrsrs)que foi aberto para divulgar inicialmente o meu trabalho artístico-artesanal, colares, pulseiras, brincos, etc. As fotos estão bem no começo do blog, nas primeiras páginas.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia, me matas de inveja, já tentei algum trabalho manual,porém, não fui feliz... Embora, os usuários que aprenderam comigo, até hoje são bons artesãos.. Na música, só o samba enredo deste do Carnaval da Inclusão " Maria, Maria no país da liberdade"...
A arte é minha paixão, não tão bem correspondida... Irei, agora... cantando.. " falta pouco tempo, eu sei; mas quando a gente é pequeno... o tempo custa prá passar,também a gente pode crescer... "
Vamos construindo o novo, a mudança: com poesia, arte e ousadia...
Abraços com muita ternura, Jorge