quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS : VIAGENS NA FINITUDE DO INFINITO...

Desencontro 
                 Paulo Cecílio

Você virou a esquina
e ,por um segundo, não te vi.
Procuro na lama
as marcas do seu sapato,
agacho e cheiro o pó.

Acabo de sair,
o telefone toca, mas não há tempo,
no ponto de táxi,
me dizem que acabastes de sair.

Preciso te dizer algo :
teus ouvidos conhecem minhas palavras.
o tempo é curto, há um atalho,
então, corro e me arranho todo,
sinto teu perfume levado  ao vento...

Não posso falhar,
mastigo bombas,
solto rojões laranja,
viro equilibrista...

Desafio a morte sobre abismos,
salto de asa delta,
viro albatroz e
finalmente me surpreendo, diante de ti,

então, descubro que me percebias
o tempo todo, e que me eu enganara,
não querias ser encontrada...

Eu delirava...



CORES CEGAS
Paulo Cecílio

COM SEUS OLHOS VIRGENS,
O CEGO SONHANDO,
VÊ TODAS AS CORES,
QUE JAMAIS VEREMOS.

2 comentários:

PAULO disse...

Jorge, existe uma lenda, de que o filme nunca supera o texto. Está categoricamente desmentida pela interpretação boreal, fantástica, inspirada, que voce deu para "cores cegas". BELÍSSIMA!!! OBRIGADO.

PAULO

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Paulo, nada é coincidência, somos parceiros dos sonhos e das utopias que pintam a vida com o belo do alvorecer.
ABraços, Jorge